05/07/2018 20h27 - Por: Da redação
A Polícia Federal pediu ao ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), para cumprir um mandado de busca e apreensão em endereços do ministro da Secretaria de Governo Carlos Marun (MDB-MS), no âmbito da Operação Registro Espúrio. A PF deflagrou, nesta quinta-feira, 5, a terceira fase da investigação, que apura fraudes na emissão de registros sindicais pela Secretaria de Relações do Trabalho do Ministério do Trabalho.
Segundo os investigadores, o mandado de busca que mirava Marun tinha como objetivo avançar na apuração sobre a suspeita de que o ministro mantinha relação com a organização criminosa. Fachin, no entanto, negou o pedido da PF ao acatar posicionamento da procuradora-geral da República, Raquel Dodge. Para a chefe da Procuradoria-Geral da República (PGR), ainda não há indícios da participação de Carlos Marun nos crimes investigados pela Registro Espúrio.
O posicionamento de Edson Fachin sobre Marun se deu no mesmo despacho em que ele autorizou o afastamento de Helton Yomura, ministro do Trabalho, do cargo.
À imprensa em Brasília, Carlos Marun afirmou que ingressará na próxima segunda-feira (9) com representação e queixa-crime na corregedoria da Polícia Federal e na Procuradoria Geral da República nas quais pede apuração de responsabilidades por um "vazamento canalha" do qual diz ter sido vítima.
Marun disse que, há 90 dias, recebeu um grupo de sindicalistas do Mato Grosso do Sul que tinham "demandas com relação à atividade sindical".
"O que fiz? Solicitei a uma assessora que acompanhasse esses sindicalistas ao Ministério do Trabalho para que fosse verificado ou não o atendimento das demandas, coisas de rotina que faço com varias questões", afirmou.
O ministro afirmou que vê no "vazamento" uma "conspiração asquerosa" contra o governo e contra o presidente Michel Temer.
"Não há nenhuma conversa minha gravada, não há depoimento que me comprometa. Revela somente a vontade de perseguir aqueles que protestam e se revoltam contra aqueles que deveriam estar ao lado da lei", declarou.