Houve um aumento de 34,2% no número de homicídios entre janeiro a maio desse ano
Houve um aumento de 34,2% no número de homicídios entre janeiro a maio desse ano
23/07/2018 08h07- Por: Valéria Araújo
Pelo menos 215 pessoas foram assassinadas em Mato Grosso do Sul nos cinco primeiros meses do ano. Os números são da Monitor da Violência, uma ferramenta do site G1 com o Núcleo de Estudos da Violência da USP e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública.Em todo o Brasil, 21.305 pessoas mortas durante esse período.
De acordo com a pesquisa, houve um aumento de pelo menos 34% no número de mortes nesse período. Foram 38 mortes violentas em janeiro contra 51 em maio. Em fevereiro foram registradas 42 mortes violentas, enquanto em março foram 36 mortes e em abril foram 44.
Os grupos de pessoas que mais morrem em MS são jovens de 15 a 29 anos, especialmente negros. Outro dado importante é que do total de mortes registradas no ano passado no Estado,( 7.424), quase 4 mil foram em decorrência de arma de fogo. Ao todo, o Brasil registrou 62 mil homicidios.
Em MS, apesar dos números altos, houve uma redução de 9% nos homicídios. De acordo com o secretário de Segurança Pública Carlos Videira, em Mato Grosso do Sul os grupos que mais matam são os que atuam no tráfico de drogas nas fronteiras com o Paraguai e Bolívia.
A repressão ao crime acontece com a forte ação das forças policiais e grupos especializados e capacitação do efetivo. Em relação a 2016 e 2017, houve uma redução no número de homicídio no Estado, cerca de 9%. Ao apresentar o balanço de 2017 no final do ano, o governador Reinaldo Azambuja destacou que o mapa que mede a violência lista MS como o terceiro estado mais seguro do País. Em Mato Grosso do Sul, estão sendo investidos R$ 115 milhões na segurança pública.
Mortes a esclarecer
O Estado de Mato Grosso do Sul foi o que mais registrou aumento em casos de mortes violentas a esclarecer e homicídios contra mulheres em ranking nacional. É o que mostra o Atlas da Violência 2018, produzido pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública. O documento foi publicado ontem.
A pesquisa apontou que dentre os anos de 2015 e 2016 houve um crescimento de 101,6% no número de de mortes violentas por causa indeterminada, ou seja, aquelas não esclarecidas. Em 2015 foram registrados 62 casos contra 125 no ano seguinte. Se levado em consideração os últimos 10 anos da pesquisa (2006 e 2016) o crescimento é de 64,5%.
As mortes violentas são classificadas como acidentes fatais, inclusive mortes no trânsito; suicídios; homicídios (acrescido de latrocínios e lesão corporal dolosa seguida de morte); e mortes decorrentes de intervenção policial.