Reinaldo Azambuja à reeleição; Simone Tebet e Marcelo Bluma foram homologados sábado; João Danieze, domingo e Odilon de Oliveira e Humberto Amaducci, em julho
Reinaldo Azambuja à reeleição; Simone Tebet e Marcelo Bluma foram homologados sábado; João Danieze, domingo e Odilon de Oliveira e Humberto Amaducci, em julho
05/08/2018 21h39 - Elvio Lopes
Os partidos políticos de Mato Grosso do Sul chegaram, nas convenções realizadas até este domingo em Campo Grande, por suas executivas estaduais, à definição de seis candidatos a governador e dez a senadores. Porém, modificações podem ser realizadas até dia 15 de agosto, quando encerra-se definitivamente o prazo de registro de candidaturas, conforme determinação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Na Capital, as convenções deste sábado que reuniu maior número de pessoas e candidatos foram as do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), que homologou o nome do governador Reinaldo Azambuja para a reeleição e consolidou aliança iniciada na semana passada, aprovando o nome do ex-prefeito de Dourados, Murilo Zauith, do Democratas (DEM) para candidado a vice-governador e do Movimento Democrático Brasileiro (MDB), que confirmou o nome da senadora Simone Tebet para a cabeça de chapa ao governo estadual e surpreendeu os meios políticos com a indicação e aprovação do nome do procurador de Justiça licenciado, Sérgio Harfouche, do Partido Social Cristão (PSC), para candidato a vice-governador.
Outro nome ao governo estadual definido em convenção no sábado foi do engenheiro ambiental Marcelo Bluma, do Partido Verde (PV), que definiu coligação com o Rede, que indicou a candidata a vice-governadora, a professora Ana Maria Bernardelli e o Partido Comunista do Brasil (PCdoB), que aprovou o nome de seu presidente regional, Mario Cesar Fonseca para a disputa ao Senado Federal.
O advogado e ex-vice-prefeito de Ribas do Rio Pardo, João Alfredo Danieze (Psol), teve homologada sua candidatura em convenção realizada ontem (domingo), com a aprovação da educadora Diná Freitas como candidata a vice-governadora e do cacique Anizio Guató, da tribo Guató, de Corumbá, como candidato ao Senado Federal.
ANTERIORES
O Partido Democrático Trabalhista (PDT), mesmo tendo realizado a primeira convenção partidária no Estado, em 21 de julho, homologando o nome do juiz federal aposentado Odilon de Oliveira como candidato a governador, já promoveu duas mudanças na escolha do candidato a vice-governador, tendo anunciado, naquela ocasião, chapa pura, com o empresário Herbert de Assunção para a vaga e, depois, na semana passada, apresentando a radialista douradense Keliana Fernandes, do Partido da Reconstrução da Ordem Nacional (Pros), como candidata a vice-governadora. Ela foi "desconvidada" pelo partido, que definiu na noite de sábado com o Partido Republicano Brasileiro (PRB) o nome do bispo evangélico de Dourados, Marcos Antonio Camargo Vitor, da Igreja Sara Nossa Terra, para vice do juiz aposentado.
O Partido dos Trabalhadores (PT), realizou convenção no dia 28 de julho, homologando chapa pura, que tem como candidato a governador o ex-prefeito de Mundo Novo, Humberto Amaducci e como candidata a vice-governadora, a advogada e professora Luciene da Silva e Silva, representando a cidade de Três Lagoas. O deputado federal José Orcírio Miranda dos Santos – Zeca do PT, foi indicado candidato a senador, porém, teve seu nome incluído entre os inelegíveis pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS), que fez comunicado informando que ele fora processado por improbidade administrativa e que entrou com recurso para reverter a decisão judicial. Se for mantida a decisão, o nome do candidato ao Senado Federal, que tem como segundo suplente o ex-prefeito de Dourados, José Laerte Tetila, poderá ser mudado.
Com essas decisões, as chapas apresentadas até domingo aprovaram como candidatos a governador de Mato Grosso do Sul nas eleições de 3 de outubro o atual governador Reinaldo Azambuja (PSDB), à reeleição; da senadora Simone Tebet (MDB); juiz federal aposentado Odilon de Oliveira (PDT); ex-prefeito de Mundo Novo, Humberto Amaducci (PT); do engenheiro Marcelo Bluma (PV) e do advogado João Alfredo Danieze (Psol).
DISCURSOS
Em seu discurso depois de confirmado candidato à reeleição, o governador Reinaldo Azambuja afirmou que tem a vida limpa para permanecer administrando o Estado por mais quatro anos, afirmando que os ajustes realizados em durante seu mandato foram e são necessários em razão da crise econômica, mas disse confiar no fim da recessão no País e que os novos parceiros – Murilo Zauith (DEM), seu candidato a vice-governador; Marcelo Miglioli (PSDB) e Nelson Trad Filho (PTB), candidatos ao Senado, assim como os demais partidos coligados, vieram para somar e colaborar para uma campanha que assegure sua reeleição e de seus aliados. "Se for reeleito, quero consolidar os avanços na reestruturação da saúde e continuar os ajustes fiscais para que o Estado possa investir mais nas áreas essenciais", afirmou Reinaldo.
A senadora Simone Tebet (MDB) lembrou que o nome que deveria estar naquele momento para ser lançado candidato a governador era o do ex-governador André Puccinelli, presidente estadual do partido, mas que aceitou o desafio de substituí-lo para promover novos avanços no Estado e garantir a presença da mulher na administração estadual. Ela lembrou da trajetória política de seu pai, Ramez Tebet e afirmou que, como filha e ex-prefeita de Três Lagoas, tem conhecimento do que o interior de Mato Grosso do Sul precisa. "Sou municipalista, por entender que os municípios precisam da assistência do Estado", destacou a candidata a governadora, que destacou ainda a importância de ter um nome como o de Sérgio Harofouche para vice, "um homem de fé que vai nos ajudar a conquistar o coração das pessoas e a mostrar que Mato Grosso do Sul precisa de novos rumos", concluiu Simone Tebet.
Outro candidato a governador homologado em convenção no sábado foi de Marcelo Bluma (PV), afirmou que, se eleito, vai realizar uma auditoria em todos os contratos de concessão de benefícios fiscais por parte do governo estadual nos últimos 15 anos e que a coligação que o escolheu é um movimento por mudança, "não somente de rês partidos, mas para unir as pessoas para que entendam que a realidade de Mato Grosso do Sul não é boa, com as denúncias de corrupção tomando conta da política, que é um caso de polícia nacional", destacou Bluma.
Já o último candidato homologado em convenção, João Alfredo Danieze (Psol), afirmou que a intenção de seu governo é investir na educação, com políticas de desenvolvimento e valorização do professor, para um ensino público de qualidade.