A Indústria 4.0, também chamada de quarta revolução industrial, agrega tecnologias para automação e troca de dados se integram à organização das empresas
16/08/2018 15h09 - Por Agência Brasil
O ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Jorge, disse que o novo contexto da Indústria 4.0 vai abrir espaço para que os profissionais capacitados tenham melhor remuneração.
O ministro participou de seminário promovido pelo jornal Folha de São Paulo, na capital paulista.
A Indústria 4.0, também chamada de quarta revolução industrial, agrega tecnologias para automação e troca de dados se integram à organização das empresas.
Fazem parte do conceito a computação em nuvem, a digitalização, a inteligência artificial, a internet das coisas, a manufatura aditiva, a realidade aumentada, a robótica, os sensores inteligentes e as simulações virtuais.
O ministro elencou situações em que a transformação digital já impacta nas relações de trabalho. "Quando fazemos uma simples ligação para um call center, não temos mais a presença do atendente. Mas, tem muita gente empregada para fazer a programação do software", exemplificou.
A Universidade Federal do Amazonas inicia, em agosto, cursos de mestrado e doutorado sobre a Indústria 4.0, em parceria com a Universidade de Lisboa.
"É fundamental que tenhamos adequação da grade curricular, a academia próxima", afirmou o ministro
O gerente de Política Industrial da Confederação Nacional da Indústria (CNI), João Emílio Gonçalves, disse que o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) vem identificando as necessidades futuras de qualificação profissional na elaboração dos seus cursos.
Para Gonçalves, basta olhar o passado para concluir que as transformações na indústria "sempre caminharam para o bem", como quando houve a substituição do esforço braçal pela robótica.
"Estamos passando da fase de enxergar [as mudanças provocadas pela Indústria 4.0] com visão catastrofista.
Temos certeza que, se o Brasil não acompanhar os processos, os impactos serão devastadores."