Dourados
'A produtividade vem aumentando de forma permanente nos últimos 20 anos no Brasil. Isso vem permitindo que os volumes sejam maiores, mesmo com a redução de média de pouco mais de 1% ao ano na área plantada
09/09/2018 15h03 - Por Sociedade Nacional de Agricultura
A produtividade dos cafés arábica e conilon/robusta apresentou aumento médio de 28% e 30%, respectivamente, na safra 2018 frente a do ano anterior.
Os números fazem parte do Sumário Executivo do Café, da Secretaria de Política Agrícola (SPA) do Mapa.
"A produtividade vem aumentando de forma permanente nos últimos 20 anos no Brasil. Isso vem permitindo que os volumes sejam maiores, mesmo com a redução de média de pouco mais de 1% ao ano na área plantada.
Este incremento se deve, principalmente, à adoção de boas práticas e implementação de tecnologia nos cafezais", explica Jamilsen Santos, analista da Embrapa Café.
Ele conta que iniciativas aparentemente simples, como técnicas de poda, irrigação, espaçamento entre os pés fazem grande diferença no resultado final da produtividade.
Este bom desempenho vem sendo observado tanto nas culturas de arábica, quanto no de conilon/robusta.
"Ao contrário de cultivos como o de soja, por exemplo, o do café é perene e tem características de bianualidade. Ou seja, a cada dois anos, a produção tem seu auge.
Observamos que houve crescimento de 21% na produtividade mesmo quando comparado o resultado da safra 2018 com o de 2016. Os anos pares são o que chamamos de período de bianualidade positiva", pondera Santos.
De acordo com o levantamento, a espécie dos cafés arábicas cultivados no Brasil ocupa, neste ano-safra 2018, área plantada em torno de 1,505 milhão de hectares, o que permitirá produzir volume equivalente a 44,333 milhões de sacas de 60kg com produtividade média de 29,5 sacas por hectare.
O Estado de Minas Gerais ocupa o primeiro lugar no ranking de cultivo deste topo de café, atingindo 998,938 mil hectares, ou seja, 66,4% do total plantado.
Na segunda colocação vem São Paulo, com 203,444 mil hectares, área que equivale a 13,5%, Em seguida estão Espírito Santo (com 156,603 mil hectares e 10,4%), Bahia (83,224 mil hectares e 5,5%), Paraná (com 37,400 mil hectares e 2,5%) e Rio de Janeiro (13,368 mil hectares e 0,8%).
Ainda em relação ao café arábica, as maiores produtividades registradas no País, neste ano-safra em curso, foram obtidas na Região do Cerrado na Bahia, com 44,4 sacas por hectare,
Em relação ao conilon/robusta, nos cinco maiores estados produtores, com base na área utilizada com o cultivo dessa espécie no Brasil, a área total cultivada corresponde a 375,730 mil hectares, o que permitirá obter uma produção de 13,710 milhões de sacas, com produtividade média de 36,5 sacas por hectare.
O estado do Espírito Santo, que é primeiro colocado na produção de café robusta, se destaca com a maior área que totaliza 231,323 mil hectares e equivale a 61,6% do cultivo com essa espécie.
