O grupo, que teve sua nova formação nomeada pela Portaria CNJ nº 163/2018, se reuniu na quarta-feira (6/2), na sede do Conselho, para discutir detalhes do evento
12/02/2019 16h08 - Por Agência CNJ de Notícias
O financiamento dos serviços de saúde, assim como o adoecimento e a qualidade de vida dos juízes e servidores do Poder Judiciário brasileiro estarão em debate no 1º Seminário sobre Saúde de Magistrados e Servidores do Poder Judiciário.
A realização do evento é uma das ações do Comitê Gestor Nacional de Atenção Integral à Saúde de Magistrados e Servidores do Poder Judiciário, instituído pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em 2015, por meio da Resolução nº 207, que institui a política de atenção ao tema.
O grupo, que teve sua nova formação nomeada pela Portaria CNJ nº 163/2018, se reuniu na quarta-feira (6/2), na sede do Conselho, para discutir detalhes do evento.
O seminário, marcado para 28 de março, ocorrerá em Brasília, no Tribunal Superior do Trabalho (TST), e as inscrições podem ser feitas até 20 de março.
Oencontro é direcionado a magistrados e servidores de todos os tribunais e a representantes da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra) e da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe). Clique aqui para se inscrever.
Na programação, já está confirmada a realização de um painel para tratar das formas de financiamento dos serviços de saúde pelos tribunais, como a contratação de planos de saúde e a criação de planos de autogestão.
Coordenador do comitê, o conselheiro Valtércio de Oliveira destaca que é importante colocar em discussão, na magistratura, a questão da viabilidade dos custos da saúde.
O evento terá ainda oficinas a respeito de assuntos como adoecimento de servidores e de magistrados, serviços de saúde nos tribunais, entre outros.
No encerramento, está prevista uma palestra sobre o tema qualidade de vida e gestão da emoção.
Valtércio de Oliveira chama a atenção para alguns aspectos da saúde dos magistrados e dos servidores. "Há aspectos preocupantes em relação aos problemas mentais como estresse, depressão e casos de suicídio", diz.
"Os magistrados trabalham sob pressão, lidam com a vida das pessoas, com as tentativas de solução para diversos problemas", acrescenta.
Um levantamento divulgado pelo Departamento de Pesquisas Judiciárias (DPJ) do CNJ em 2017 mostrou que os transtornos mentais e comportamentais foi o quarto grupo de doenças mais expressivo nas ausências ao trabalho naquele ano, com 17.826 ocorrências, correspondendo a 11,8% do absenteísmo-doença.
Segundo a pesquisa, as doenças mais frequentes em juízes e servidores são: reações ao estresse, episódios depressivos, transtornos de ansiedade, dores na coluna, sinusite aguda, diarreia, conjuntivite e resfriado.
Além do seminário que será realizado no fim de março, o Comitê Gestor Nacional de Atenção Integral à Saúde de Magistrados e Servidores do Poder Judiciário vai realizar um segundo encontro este ano, previsto para setembro.
A proposta é dar evidência para o tema da saúde na magistratura e colocar em debate as medidas necessárias para fazer frente aos cuidados nessa área.