De acordo com dados da Secretaria Estadual de Saúde já foram notificados 481 casos da doença no município. 185 já foram confirmados até o momento.
27/03/2019 11h21 - Por: Cristina Nunes
Com o aumento dos casos de dengue em Dourados e o registro recente de duas mortes: a de um garoto de 11 anos e de uma senhora de 58, a população do município está cada dia mais preocupada com os terrenos baldios que acumulam lixo e água parada. Moradores temem contrair doenças, já que os terrenos abandonados são propícios para a criação do mosquito aedes aegypt- transmissor da dengue e Chikungunya.
São vários terrenos descuidados em Dourados. Recentemente a redação recebeu denúncia de que uma residência abandonada há cerca de 2 anos, na rua Pedro Celestino, no Jardim Itaipu, está servindo para a criação do mosquito, pois no local tem piscina e matagal, ambiente propício para o aedes aegypt. Além disso, outros insetos já foram vistos pelo local, entre eles escorpião.
A coordenadora do CCZ (Centro de Controle e Zoonoses) em Dourados, Rosana Alexandre da Silva, disse que há registro de infestação em todas as regiões da cidade. "Estamos reforçando a vigilância e para isso contamos com o apoio dos moradores", afirmou.
"É um trabalho intenso, que não para. Todos os dias estamos presentes, fiscalizando, orientando a população, repetindo sempre que cada um deve fazer a sua parte, mantendo limpos seus quintais e terrenos baldios", disse. Em relação as denúncias, ela afirmou que o CCZ irá intensificar ainda mais a fiscalização naquela região.
Mato Grosso do Sul tem a terceira maior incidência de dengue do país
O estado já registrou cinco mortes pela doença no primeiro trimestre de 2019. De acordo com dados divulgados pelo Ministério da Saúde, Mato Grosso do Sul é o 3º Estado do Brasil com maior número de casos de dengue. Já são mais de 10 mil casos registrados.
Na semana passada uma equipe do Ministério veio até o Estado para falar sobre a situação com os municípios e a Secretaria Estadual de Saúde. De acordo com ele, todo trabalho é direcionado para a importância da hidratação dos pacientes, a valorização de sinais de alarme como indicativos de gravidade e facilitar o acesso dos pacientes à rede de atenção. Dentro dessa rede estão organizadas as atividades para evitar o óbito.