25/04/2019 17h58 - Por: Flávio Verão
Envolvida em escândalos com a prisão de três vereadores no final do ano passado por suposto envolvimento em fraude de licitações, a Câmara Municipal de Dourados decidiu ampliar a transparência e, pela primeira vez na história, o Legislativo municipal vai adotar a modalidade de pregões no processo de licitações.
Dois editais, na forma presencial, dos tipos "Maior Percentual de desconto" e "Menor Valor global", encontram-se em vigência, com recebimento dos envelopes marcado para terça-feira da semana que vem, dia 30, na sala de reunião do Departamento de Licitação da Casa. A decisão foi tomada pelo presidente da Câmara, vereador Alan Guedes (DEM), que assumiu a presidência em janeiro deste ano.
Pregões são modalidades licitatórias que proporcionam a participação, na forma eletrônica, de interessados na prestação de serviços que podem acompanhar o desenvolvimento de todas as etapas, em tempo real, por meio da internet. "Com isso, levando em conta a proposta de planejamento e transparência com que assumimos a Mesa diretora, estamos abrindo, com os pregões, mais oportunidades de competitividade entre os prestadores de serviço, com redução dos trâmites burocráticos, celeridade no processo e, principalmente, menor custo", definiu Alan Guedes.
Os participantes nessa modalidade ganham mais e melhores oportunidades de negócios, acompanham a tramitação transparente e também podem oferecer um serviço mais qualificado dentro de preços razoáveis. O servidor Vicente Pereira Felizari é o pregoeiro credenciado da Câmara. Ainda segundo o presidente Alan Guedes, aos órgãos públicos não se permitem mais, em tempos de contenção e a busca pelo equilíbrio financeiro, fazer mau uso do dinheiro do cidadão. "Nossa política é a de disponibilizar o acesso a mais serviços públicos, com menor custo e a transparência necessária que esses processos exigem", concluiu o vereador.
Em dezembro do ano passado os vereadores Idenor Machado (PSDB), Pastor Cirilo Ramão (MDB), e Pedro Pepa (DEM) foram presos acusados de participarem de suposto esquema de em fraude de licitações ocorridas entre 2011 e 2016. Segundo o Ministério Público Estadual (MPE, empresas contratadas pagavam supoastas mesadas a vereadores para se manter no negócio.