06/05/2019 18h42 - Por: Flávio Verão
A Unidade da Mulher e da Criança (UMC), em construção em anexo ao Hospital Universitário da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), pode ter obras emperradas a partir dos próximos meses. O corte de verbas do governo Jair Bolsonaro às universidades atingiu em cheio construções em andamento. O bloqueio foi de R$ 20 milhões. O secretário de estado de saúde, Geraldo Resende, diz que vai concentar esforços para pedir o desbloqueio.
Com 30% das obras executadas, o cronograma, até o mês passado, previa que dentro de 14 meses a primeira etapa estaria concluída, com o funcionamento 55 leitos hospitalares de internação, pronto atendimento pediátrico e obstétrico, centro obstétrico e centro de parto normal para atender as mulheres e crianças de Dourados e outros 34 municípios da região. Na fase seguinte, estaria em atividade mais 80 leitos para UTI’s.
Conforme o HU, o bloqueio de R$ 20 milhões divulgado em documento atribuído à Secretaria de Orçamento Federal, refere-se a uma emenda da bancada parlamentar de Mato Grosso do Sul destinada à instituição para investimento na continuidade da obra da Unidade da Mulher e da Criança (UMC). O montante chegou a ser liberado ao HU-UFGD no dia 2 de abril de 2019, mas foi bloqueado pelo Ministério da Economia no dia 16 do mesmo mês.
A construção da unidade, que representa um aumento na qualidade e no acolhimento à gestante, superando inclusive questões de superlotação na maternidade do HU, deve seguir a passos de tartaruga, de forma a alterar todo o cronograma. O recurso vai atingir somente a construção da unidade da mulher e da criança e nada vai alterar a rotina do atendimento do HU.
Pedir desbloqueio
O procedimento adotado pelo Executivo Federal, chamado de "contingenciamento", onde, verificada a frustração na arrecadação da receita prevista ou o aumento das despesas obrigatórias, no entanto, segundo o secretário de estado de saúde Geraldo Resende, a emenda em questão não figura como "impositiva", ou seja, sua dotação tem caráter apenas autorizativo e depende da relação receita/despesa. Ele disse que essa situação não deve afetar as obras, uma vez que os recursos já empenhados garantirão o seu bom andamento. Ainda afirma que gestões políticas serão feitas em conjunto pelo Governo Estadual e a Bancada Federal de Mato Grosso do Sul com a Presidência da República, com vistas ao desbloqueio.