22/05/2019 06h37 - Por: Flávio Verão
Servidores do Governo do Estado de Mato Grosso do Sul prometm paralisação geral para o dia 31 de maio. Eles cobram a permanência do pagamento do abono, cujo prazo vence também no dia 3 e defendem reajuste de 4,78%, que corresponde à reposição da inflação.
Ontem, eles lotaram o plenário da Assembleia Legislativa para pedir apoio dos deputados. O representante do Fórum de Servidores Públicos de Mato Grosso do Sul, Ricardo Bueno, relatou a situação dos servidores estaduais ao subir na tribuna da Casa de Leis. "É difícil sentar numa mesa de negociação com o Governo do Estado quando um secretário nos garante algo na reunião que tivemos, inclusive com a presença da comissão de deputados e, logo em seguida, outro secretário fala para toda a imprensa algo completamente diferente", desabafou.
"O Governo fala em perdas para negar os reajustes, mas ainda é necessário sentar e discutir. Vocês acham que eu gosto de vir aqui, de fazer greve? Nós é que tocamos a máquina do Estado. Em relação à previdência, como irá melhorar? Cada vez mais aumentam os cargos comissionados e as empresas terceirizadas no Estado. Estamos aqui pedindo mais uma vez para essa casa continuar intervindo por nós", considerou o sindicalista Ricardo Bueno.
Desde segunda-feira (20) os servidores administrativos da educação estão em greve. São vigias, merendeiras, bibliotecários, entre outros. As escolas já estão sentindo dificuldade de dar continuidade com as aulas e algumas delas não descartam interromper o funcionamento.
No Estado, atualmente há 6800 administrativos concursados na educação. O salário base atual de um servidor estadual administrativo em educação é de R$ 854, mais o abono de R$ 200. Eles querem a incorporação do abono no salário e uma política de reajustes.