Moradores de Dourados estão alertando para a situação de risco de queda de árvores na cidade. Na última semana, um motociclista foi atingido por uma árvore que caiu na Via Parque, na Vila Cac
Moradores de Dourados estão alertando para a situação de risco de queda de árvores na cidade. Na última semana, um motociclista foi atingido por uma árvore que caiu na Via Parque, na Vila Cachoeirinha. Ele sofreu arranhões e teve o veículo danificado. “Gente, muito cuidado ao passar na rua Joaquim Alves Taveira, entre a Melvin Jones e João Rosa Góes, esta árvore está caindo aos poucos ali. Muita atenção para não acontecer uma tragédia”, alertou recentemente outro morador em um grupo nas redes sociais.
A tempestade de areia que atingiu Dourados no mês de outubro e resultou na queda de cerca de 200 árvores ascendeu alerta sobre as condições do patrimônio arbóreo do município. Com o fim de ano chuvoso, em que tempestades são comuns, a própria população cobra que árvores sejam tratadas ou retiradas caso estejam condenadas. Outro morador alertou para árvores secas que receberam somente podas, mas ainda aparentam risco de queda. «Quando cai, o prejuízo é da população”, afirmou. “E quando a Prefeitura vai tomar providência e tirar essa árvore?”, indagou outra moradora.
De acordo com estimativa do Plano Diretor de Arborização Urbana, de 27 de setembro de 2021, Dourados tem 94 mil árvores. Segundo o relatório do Instituto do Meio Ambiente de Dourados, 4% desse conjunto arbóreo apresenta problemas de necrose, 4% cupins, 1,03% fungos, 3,5% injúrias (danos físicos) e 35 espécies sofrem com algum tipo de parasita. A espécie sibipiruna apresenta o maior índice de necessidade de remoção (66%) devido aos problemas fitossanitários encontrados (cupins e necroses).
De acordo com o diagnóstico da arborização urbana, “foram recomendadas a remoção com replantio de 456 árvores, sendo 163 tocos, e 293 árvores condenadas.” O documento ainda tem recomendações de pontos para rearborização, em que “as árvores já se encontram mortas, com risco eminente de morte, ou em estado de senescência oferecendo risco de queda.”
O relatório final do Imam ainda identificou que, “entre julho de 2018 a agosto de 2020 a Semsur recebeu 1.166 pedidos para cortes de árvores em vias públicas, uma média de aproximadamente 45 pedidos por mês. Neste mesmo período o IMAM recebeu 190 pedidos para remoção de árvores em terrenos particulares, uma média de 7 pedidos por mês.” O documento ainda ressalta que, “a despeito dos esforços aplicados para atendimento das solicitações do cidadão, a população não está satisfeita, sendo a poda e a remoção de árvores os serviços mais criticados pela comunidade durante as reuniões públicas de apresentação do PDAU.”
R$ 637 mil para o manejo das árvores
No último dia 18 de novembro, o Conselho Gestor do Fundo Municipal de Meio Ambiente de Dourados, aprovou a contratação emergencial de serviços de manejo de árvores no município pelo valor de R$ 637 mil, devido a situação de emergência, decretada no mês de outubro, em decorrência dos fortes ventos que resultaram na queda de centenas de árvores e comprometimento de várias outras.
Durante a aprovação da liberação dos recursos, o conselho observou que o Pdau já havia evidenciado a necessidade de realizar o manejo e supressão de centenas de árvores na cidade. Os serviços contratados para evitar a queda de mais árvores e danos resultantes dos incidentes incluirão a supressão, destoca, plantio, conserto de calçada e destinação adequado dos resíduos.