Dourados
Há vários meses, a população e funcionários da saúde municipal denunciam a falta de medicamentos e insumos básicos para atendimento nas unidades públicas de saúde do município. Além disso, se
A vereadora Lia Nogueira denunciou a falta de energia elétrica no Hospital da Vida de Dourados. Na segunda-feira, 6 de dezembro, a energia estaria oscilando na unidade hospitalar, afetando algumas alas do hospital e até mesmo uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI-C). Algumas imagens de corredores no escuro foram divulgadas nas redes sociais. O gerador precisou ser acionado para restabelecer o atendimento.
Na ocasião, funcionários do Hospital da Vida relataram que a UTI-C estava com energia indo e voltando (oscilando), “parecendo filme de terror, além de estar sem ar condicionado. Nesta UTI só tem um aspirador. E, para completar, estão sem sistema para imprimir fichas. A parlamentar classificou como “colapso na Saúde de Dourados”. “Não bastasse o atraso de três meses no pagamento dos médicos especialistas lotados no Hospital da Vida, com o risco de suspensão do atendimento aos pacientes do SUS, agora eis que surge o ‘Breu’! Falta de energia elétrica no HV torna a situação ainda mais crítica. Estamos encaminhando ofício de urgência cobrando explicações da administração municipal e também da Funsaud”, diz Lia Nogueira.
Na segunda-feira, a Fundação de Serviços de Saúde de Dourados (funsaud), responsável pela administração do hospital, comunicou que “devido a um problema de fornecimento de energia elétrica na manhã do último dia 6, na região do Hospital da Vida, o gerador do hospital precisou ser acionado. A Fundação esclareceu que não houve prejuízo para o atendimento na unidade. A empresa concessionária já restabeleceu o fornecimento na região.
No último dia 27 de novembro, funcionários da UTI-C do Hospital da Vida já haviam cobrado por ventilação no local de trabalho: - “funcionários pedem por socorro, pois estão sem ar-condicionado. Lá está um forno. Um ar funciona e outro só ventila. Tiveram que colocar um biombo na entrada para amenizar a temperatura lá de dentro. Pacientes febris, outros com desconforto pela temperatura, nenhum vácuo funciona, só tem um aspirador para aspirar os pacientes.”, relatou.
Já no dia 4 de dezembro, houve alerta para falta de água no mesmo Hospital da Vida. “Funcionários relataram falta de água desde cedo. Lá a água é de poço, pode ser problema com a bomba. Os banheiros estariam em situação precária. Onde já se viu um hospital sem água?” Outra postagem com imagens relatava a situação classificada como ‘catastrófica’ do que seria o único banheiro feminino destinado às funcionárias do Hospital da Vida. “A culpa é de quem? Porque tratam a saúde e seus colaboradores com tanto desrespeito?”, indagou.
Saúde na UTI
Há vários meses, a população e funcionários da saúde municipal denunciam a falta de medicamentos e insumos básicos para atendimento nas unidades públicas de saúde do município. Além disso, servidores, incluindo médicos, tiveram atrasos recorrentes no pagamento de salários. “Eu, como estagiária de enfermagem, vejo na prática que está faltando todo tipo de material, luva, agulha, seringas, até materiais simples de curativos. Uma tristeza”, desabafou uma auxiliar. “É muito triste, e nós que trabalhamos em hospital e postos de saúde fazemos o possível e impossível para conseguir atender a população”, alertou outro profissional da saúde.
Na última segunda, a vereadora Lia Nogueira também alertou para a situação de “pais de crianças com problemas graves de saúde, que precisam de medicamentos específicos de alto custo, de alimentação por sonda, além de outros nutrientes especiais”. Eles protestaram em frente à Secretaria Municipal de Saúde. “Essas crianças estão sem atendimento médico especializado e sem ter direito a esses medicamentos e alimentação especial. Há mais de um ano que a URMI (Unidade Reguladora de Medicamentos e Insumos) não resolve o problema da aquisição e distribuição desses insumos”, relatou a parlamentar.