Em parceria com UFGD, UNESCO lança em português livro “Igualdade de gênero, Patrimônio e Criatividade”

A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) no Brasil, em parceria com a Cátedra UNESCO em Gênero, Diversidade Cultural e Fronteiras da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), organiza o webinar de lançamento da versão em português do livro “Igualdade de gênero, Patrimônio e Criatividade”, publicação que revela a desigualdade vivenciada pelas mulheres nos setores de patrimônio cultural e criatividade. O lançamento virtual será realizado nesta quinta-feira, 31 de março, às 19h (horário de Brasília), com transmissão via YouTube da UNESCO.
 
O webinar busca apresentar um cenário contemporâneo sobre a desigualdade de gênero, o patrimônio cultural e a criatividade no Brasil, do ponto de vista de mulheres ligadas aos setores culturais no país. O evento contribui ainda para as discussões sobre o papel da cultura para o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), em especial o ODS 8, que pretende alcançar o trabalho decente e o crescimento econômico, e o ODS 5, que busca a igualdade de gênero e o empoderamento de todas as meninas e mulheres.
 
Participarão da abertura do webinar a coordenadora do setor de Cultura da UNESCO no Brasil, Isabel de Paula; a diretora da Faculdade de Ciências Humanas da UFGD, Marisa Lomba de Farias e o coordenador da Editora da UFGD, Givaldo Ramos da Silva. A mediação do evento será feita pelo professor e coordenador da Cátedra UNESCO UFGD, Losandro Tedeschi, e contará, também, com os convidados Fabiana Assis Fernandes, fundadora da Rede Cultural e Ecológica Casa dos Ventos; Jaqueline Porto, ativista e defensora de Direitos Humanos das mulheres; Pâmela Dias, coordenadora do Programa de Equidade de Gênero do Porto Digital, e Débora Ivanov, produtora de cinema e diretora do Sindicato da Indústria do Audiovisual do Estado de São Paulo.
 
SOBRE A PUBLICAÇÃO
 
Quando foi lançado originalmente em inglês, em 2014, o livro revelava a desigualdade vivenciada pelas mulheres nos setores de patrimônio cultural e criatividade, da representação limitada em papéis criativos de categoria sênior a condições instáveis de emprego. Embora a publicação se estenda a experiências identificadas em todo o mundo, como as mergulhadoras sul-coreanas que coletam mariscos a 10 metros de profundidade sem o auxílio de máscaras de oxigênio e os cantos femininos de Tarudante, na região do Alto Atlas do Marrocos, os dados trazidos pela publicação instigam a novas investigações de universos igualmente complexos, como é o caso da realidade brasileira.
 
Nos últimos oito anos, as políticas de gênero ganharam um reforço com a definição do ODS 5, para não deixar nenhuma mulher para trás. No entanto, o abismo da desigualdade, denunciado desde a primeira edição do livro, foi também a tônica da emergência sanitária iniciada em 2020. O relançamento da publicação converge com uma série fatores que impõem ao setor de cultura uma crise sem precedentes, provocada pela pandemia de covid-19. Assim, a UNESCO se propõe a repensar o papel da mulher e o fortalecimento de outros gêneros neste novo cenário cultural brasileiro pós-pandemia.