E se você pudesse usar criptomoedas para realizar transações cotidianas? Descubra sobre essa e outras formas de utilizar esses ativos digitais
Quando surgiu, em 2009, o Bitcoin tinha a premissa de ser uma forma de dinheiro digital, que não fosse controlado por nenhum governo, órgão ou autoridade, de forma que as transações fossem realizadas diretamente entre as duas partes, sem a necessidade de intermediários.
Pouco menos de 15 anos após o lançamento da primeira criptomoeda e superada a desconfiança que existia em um mercado totalmente inédito, o que se vê atualmente é que o Bitcoin não apenas cumpriu sua premissa, mas também foi o precursor de um mercado em franco crescimento, com cada vez mais possibilidades de negócios.
Quem imaginaria, há alguns anos, poder realizar transações simples através de uma moeda totalmente digital e não fiduciária? Embora transações mais simples, como comprar um sorvete no quiosque do shopping, não sejam ainda tão diretas quanto utilizar um cartão de crédito, à medida que as criptomoedas se popularizam, novas oportunidades surgem, e não há dúvida de que, em poucos anos, comprar uma casquinha no shopping com ativos digitais seja tão simples quanto pagar com cartão.
Um dos cases de maior sucesso do mundo na adoção de criptomoedas como forma de pagamento está justamente no Brasil, mais especificamente no interior do Rio Grande do Sul. O município de Rolante, que abriga pouco mais de 21 mil habitantes, foi o berço de uma das iniciativas mais bem-sucedidas na adoção de criptomoedas como meio de pagamento, contando com mais de 180 estabelecimentos entre mercados, farmácias e lojas que aceitam Bitcoin como forma de pagamento.
Como posso utilizar criptomoedas?
Se em Rolante é possível consumir quase qualquer tipo de produto pagando com bitcoin, o uso das criptomoedas vai muito além e pode ter diversas aplicações. Veja alguns exemplos:
Comprar e vender
Dentre as possibilidades das criptomoedas, comprar e vender talvez seja a mais óbvia. Essa é uma forma do investidor se beneficiar da valorização do ativo, ou seja, ele pode comprar por um determinado valor e vendê-lo através de uma exchange de criptomoedas quando estiver mais valorizado.
Operações de empréstimos
Através da plataforma Ethereum, cuja criptomoeda é o Ether, o mercado viu nascer novas possibilidades. Uma delas são as Finanças Descentralizadas, ou De-Fi.
Com finanças descentralizadas, é possível realizar operações de empréstimos, criando contratos inteligentes auto executáveis dentro da plataforma, que fazem as vias do bancos, excluindo a necessidade de intermediários nesse processo. Dessa forma, o investidor pode emprestar seus ativos de forma segura e sem burocracias, recebendo pagamentos com juros.
Reserva de valor
As criptomoedas, especialmente o Bitcoin, são frequentemente utilizadas como reserva de valor. Devido às suas grandes valorizações, pouca interferência externa e ao fato de não serem moedas fiduciárias, ou seja, não serem afetadas diretamente por decisões políticas, elas têm se tornado a principal escolha para esse fim por muitos investidores.
