10/04/2014 16h39
Existem 680 mil engenheiros empregados no país. Desse total, 153 mil trabalham no setor industrial, segundo análise da CNI com base em dados do MEC e do IBGE.
A maioria dos engenheiros brasileiros não exerce função nas áreas em que se formam. Esse é o resultado de análise feita pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) com base em estatísticas do Ministério da Educação (MEC) e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O levantamento aponta que de 680.526 engenheiros empregados, apenas 286.302 (42%) trabalham na área – a maioria na região Sudeste.
Do total de ocupados com engenharia, pouco mais da metade está no setor industrial, que atrai 153.341 profissionais (54%).
Os dados preocupam o setor produtivo. Sem inovação não há competitividade e processos inovadores só deslancham com engenheiros qualificados.
O diretor de Educação e Tecnologia da CNI, Rafael Lucchesi, aponta que uma das causas pode ser a falta de experiência dos recém-formados.
“A indústria que investe em inovação requer profissionais prontos, com visão de mercado, habilidades de gestão, de trabalho em equipe, aplicação de leis e normas técnicas e domínio de idiomas estrangeiros, principalmente o inglês.
Mas os engenheiros saem das universidades brasileiras com excesso de teoria e falta de prática. Como não estão prontos para a indústria, buscam outros setores”, afirma Lucchesi.
Por isso, a CNI defende mudanças nos cursos de engenharia. Como ocorre com a residência em medicina, uma das sugestões é a inclusão de disciplinas no currículo de experiências práticas para que haja uma aderência do ensino às demandas da indústria.
Na Alemanha, por exemplo, país referência em inovação, a formação de engenheiros é baseada em know-how prático, voltada para aplicação industrial.
(Do Portal da Indústria)