22.5 C
Dourados
terça-feira, 30 de abril de 2024

Leitura de jornal em sala de aula contribui para o aprendizado dos estudantes

- Publicidade -

Leitura de jornal em sala de aula contribui para o aprendizado dos alunos em Dourados

Programa “O PROGRESSO ensinando a ler o mundo” tem colaborado ao longo de 20 anos para que professores atuem com o jornal nas escolas, de forma a estimular os estudantes à leitura e à escrita

20/04/2018 07h42- Por: Flávio Verão

O jornal em sala de aula vem garantindo um novo contorno do pensar e agir por meio da leitura em escolas de Dourados, com resultados positivos. Ao longo dos anos tem permitido a chance de acesso ao recurso jornal, como um estímulo ao prazer de ler, além de auxiliar os estudantes na realidade social e a natural concepção de alternativas para demonstração de atitudes cidadãs, diante das informações jornalísticas.

Criado em abril de 1998, o Programa “O PROGRESSO ensinando a ler o mundo” tem sido ao longo dos 20 anos uma importante ferramenta de acesso e de incentivo à leitura nas escolas. “Consiste em promover a leitura com mais prazer, com o manuseio de jornais do dia, de dias anteriores e como estímulo à leitura num todo”, explica a coordenadora do programa, pedagoga Fátima Frota.

O programa tem contribuído para o aperfeiçoamento da leitura, interpretação e produção de textos. Também tem permitido aos estudantes conhecer diversas formas de linguagem e aprimorar o vocabulário. Os professores Cleber Dias, de Geografia, e Egizele da Silva, pedagoga, da Escola Estadual Guateka Marçal de Souza, na Aldeia Jaguapiru, dizem que o jornal O PROGRESSO tem sido praticamente a única fonte de informação aos estudantes.

É através deste matutino que os estudantes têm a oportunidade de se interagir com o mundo. “Com o ensino médio, por exemplo, trabalhamos conteúdo de atualidades. Temos alunos formados em diferentes áreas e outros cursando faculdade”, diz o professor sobre a importância do jornal no preparo do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e no vestibular. Na Guateka, os alunos passaram a ser estimulados para escrever, tanto que semanalmente desenvolvem o próprio jornal, que fica estampado nos murais do ambiente escolar.

A Escola Municipal Tengatui Marangatu, também na aldeia Jaguapiru, desenvolve atividades com o jornal no estimulo à leitura e à escrita. As duas, atualmente, são as que mantém o projeto em escolas. Na Rede Municipal de Ensino, “O Progresso ensinando a ler o mundo” sempre foi desenvolvido em parceria com a Secretaria Municipal de Educação, no entanto, as ações estão paralisadas desde o ano passado. Uma nova proposta vem sendo criada.

Enquanto havia parceria, escolas da rede municipal passaram a contar com hemeroteca, arquivo de matérias jornalísticas para auxiliar os professores nas aulas de aulas. “Temos umas das melhores bibliotecas da cidade”, diz a pedagoga Adriana Caetano, da Escola Laudemira Coutinho, no Jardim Santa Maria. Com reformulação da biblioteca, há 7 anos, a unidade de ensino passou a incentivar mais os estudantes à leitura. O diretor adjunto Sidnei de Lima diz que os educadores buscam alternativa para conseguir novos livros, pois os estudantes já leram quase todos os exemplares das prateleiras. “Nossa biblioteca é importante para a escola”, afirmou. No local ainda há o espaço da hemeroteca, com recortes de notícias consideradas principais pelos professores.

Na Escola Municipal Clori Benedetti, no Jóquei Clube, a coordenadora pedagógica Ivanilda Milfont atuou durante 9 anos e diz que além dos estudantes, o jornal também beneficiou os pais, que puderam ter acesso à informação. Ela lembra que os alunos começaram a produzir as próprias notícias e a qualidade da produção de texto melhorou, pois passaram a ler e a escrever mais.

“Criaram principalmente o hábito de ler livros”, explica Ivanilda. O jornal foi aproveitado de todas as formas. As páginas que não iam para a hemeroteca serviam para confecção de cestas, num projeto de artesanato que funcionou aos sábados.

Levar o jornal para sala de aula como recurso didático pedagógico, além de incentivar o trabalho com a leitura e a escrita, promove a reflexão e a criticidade. A professora Edileusa Correia teve grande experiência quando atuou na Escola Estadual Maria da Glória, no Jardim Água Boa. Hoje está no Ceim Kátia Marques. Ela ressalta a diversidade de textos no jornal para trabalhar com os alunos, como charge, quadrinhos, fotos, propagandas, reportagens, que enriquecem a interpretação do educando. A educadora pretende levar essa experiência ao Ceim que hoje atua.

Em muitas escolas o projeto de leitura foi levado tanto a sério que passou a fazer parte do calendário escolar, como ocorre na Escola Municipal Weimar Gonçalves Torres, no Jardim Clímax. A auxiliar de biblioteca Elaine do Carmo Nascimento explica que o subprojeto “Chá literário” desenvolveu inúmeras habilidades nos estudantes, como produção de poesia, além de servir como espaço para desenvoltura de outras artes, como dança, música. Artistas locais passaram a visitar o ambiente de ensino, para trocar conhecimento com os alunos. “É um processo enriquecedor de leitura que atua com crianças e adolescentes”, reitera Elaine.

Enquanto o projeto esteve nas escolas do município, os pais dos estudantes também foram beneficiados. Conforme a bibliotecária Rose Liston, que desenvolveu importantes projetos na Secretaria de Educação Municipal de 2014 a 2016, os adultos tiveram a oportunidade de recorrer à escola para se informar sobre o noticiário da cidade e para consultar páginas dos Classificados – muitos em busca de oportunidade de emprego. Ela destaca a hemeroteca como um momento histórico na educação de Dourados e que auxiliou as bibliotecas a ganharem vida e serem mais visitadas.

Estudantes lêem O PROGRESSO em sala de aula

Veja também

- Publicidade -

Últimas Notícias

- Publicidade -
- Publicidade -

Últimas Notícias

- Publicidade-
Verified by MonsterInsights