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domingo, 28 de abril de 2024

Engenheiro aponta falhas no anel viário e prevê problemas

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13/07/2012 09h56 – Atualizado em 13/07/2012 09h56

Maria Lucia Tolouei

A esperança de trânsito seguro para Dourados pode acabar em problema sério para os usuários da via recém concluída com objetivo de tirar o tráfego pesado da região central da cidade – o anel viário, também conhecido como perimetral norte ou rodoanel.

Segundo o engenheiro civil Rubens Di Dio (Escola de Engenharia de Lins-SP), diretor da Faculdade de Ciências Exatas e da Terra e professor dos cursos de engenharia civil e arquitetura (Unigran), as rotatórias em declive (descida) e aclive (subida) presentes em pelo menos dois pontos do anel viário provocam frenagem e curva acentuada. O contorno perigoso pode ser decorrente de problemas com desapropriações de área ou a própria geologia, diz Di Dio.

“Os veículos com grande tonelagem que vão passar por aquela via poderão enfrentar problemas de trafegabilidade e segurança, com as muitas curvas”, diz. Di Dio lembra que ao longo de alguns trechos há bairros residenciais e comércios, com tendência imobiliária de surgirem novos loteamentos que poderão ficar sob a ‘mira’ deste tráfego pesado e perigoso, onde também passam pedestres e veículos de tração animal.

“Liberaram o tráfego sem equipamentos de segurança, como sinalização”, diz Di Dio que observou todas estes problemas durante caminhadas por diferentes trechos do rodoanel. “Eu sou a favor do anel viário, que é algo muito importante para Dourados, para o escoamento da produção agrícola e a trafegabilidade pesada fora do centro da cidade. A via também vai contribuir para a redução do número acentuado de aves, como os pombos no centro da cidade, que transmitem doenças, danificam a rede elétrica e outros. Não sou contra o anel viário. Mas penso que é preciso projetar para o futuro. Se pensou em rapidez e eficiência e se esqueceu da segurança. A engenharia está ai justamente para isto”, enfatiza o professor universitário.

Segundo o engenheiro, a solução agora é proteger o usuário com mecanismos como os guard rails, ciclovias e iluminação. “É preciso pensar no planejamento futuro, já que dali sairão avenidas Norte e Sul da cidade; tem que se pensar em viadutos – obras de arte – antes que o progresso chegue lá e atravanque todo o sistema, exigindo uma reengenharia que tratá aumento de custos desnecessários”, diz o engenheiro Rubens Di Dio, lembrando que este é o papel da arquitetura e engenharia. “Depois que o problema acontece, tem que remediar”, arremata.

Anel viário, em trecho crítico à segurança. foto - Douradosagora

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