06/02/2015 08h24 – Atualizado em 06/02/2015 08h24
Valéria Araújo
As obras de duplicação da Avenida Guaicurus nem foram entregues e os buracos já são visíveis em pelo menos 10 trechos recém construídos de pavimentação. Cada um desses pontos tem entre 10 e 100 metros de estragos ao longo da rodovia.
A empresa responsável pelas obras alega que foi pega de surpresa com a onda de fortes chuvas logo após a implantação da massa asfáltica, no final do ano passado e início deste ano, o que comprometeu as obras. Fator preocupante é que as aulas da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) já iniciam na próxima semana e vai aumentar o fluxo na rodovia e, consequentemente, riscos de acidentes.
De acordo com o engenheiro responsável por parte das obras, Antônio Pessoa, além das chuvas que, segundo ele, não deram trégua, houve recesso de final de ano. “Para dar continuidade aos trabalhos de pavimentação é preciso que o sol apareça em pelo menos uma semana ininterrupta porque não podemos aplicar massa asfáltica na superfície úmida”, destacou.
Segundo ele, os trabalhos de tapa buraco em todos esses trechos, que estão localizados do anel viário em direção ao centro da cidade, estavam previstos para terem início a partir de hoje.
No trecho que liga o anel viário ao aeroporto, o engenheiro responsável Lucas Vaz, enfrenta problemas com o trânsito proibido dos bitrens. Além de causarem estragos em obras recém construídas, esses veículos pesados atrapalham a execução das obras.
“São veículos largos e que ocupam muito espaço impedindo que determinadas obras sejam concluídas. Já existem placas orientando para o desvio, mas elas são ignoradas pelos motoristas. Na Polícia Rodoviária Estadual somos informados de que não há efetivo para fiscalização”, lamenta.
Comissão
Membro da Comissão Pró Guaicurus, o servidor público Franz Mendes disse que, independentemente da justificativa das empresas, o que a população espera é a qualidade das obras. “Concordamos com o governo do Estado quando se posiciona de que não pode haver pressa na execução da obra, mas sim que esta termine com a mesma perfeição prevista no projeto. Acredito que todos os problemas ao longo da rodovia deverão ser resolvidos pelas empresas antes da entrega da obra. É este o compromisso do Estado com a população de Dourados. Em recente visita técnica da equipe do governo recebemos a garantia de que obras danificadas terão que ser refeitas. Os eventuais prejuízos deverão ser arcados pelas empresas que deverão entregar a obra em perfeitas condições”, explica.
Esta semana o deputado federal Geraldo Resende, que é articulador dos recursos que custeiam as obras,também encaminhou ofícios ao governo do Estado cobrando providências em relação a qualidade das obras.
PRE
Recentemente, a redação denunciou que, mesmo proibidos, os bitrens voltam a circular pela Avenida Guaicurus em obras, deixando rastro de destruição da pavimentação asfáltica em fase de implantação.
De acordo com o major Luiz Carlos Rodrigues Carneiro, da Polícia Rodoviária Estadual (PRE), já ocorreram denúncias e, por isto, a fiscalização está sendo reforçada para impedir o trânsito pesado no trecho, apesar de contar com apenas uma viatura que se reveza neste e demais serviços pelas rodovias estaduais.
De acordo com o major, desde novembro do ano passado, a Agência Estadual de Gestão de Empreendimento (Agesul) proibiu o trânsito de carretas bitrens pela Avenida Guaicurus em Dourados através de acordo com as usinas. O objetivo é garantir a conservação da via que passa por obras de duplicação e não foi projetada para atender ao trânsito pesado.
Por isto, todos os caminhoneiros das usinas de cana de açúcar terão que fazer o desvio pela estrada vicinal que dá acesso à rodovia BR 463, num trecho de 800 metros. A exceção ocorre apenas em dias de chuva em que a passagem pela estrada fica impedida por falt
