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quinta-feira, 28 de março de 2024

Ministério da Educação pede que UFGD realize nova eleição para reitor

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23/04/2019 07h11 – Por: Da redação

O Ministério da Educação (MEC) pediu que a Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) realize nova eleição para reitor. Por lei, o reitor e o vice-reitor de universidades federais são nomeados pelo presidente da República, escolhidos dentre os indicados em listas tríplices elaboradas pelo colegiado máximo da instituição, ou por outro colegiado que o englobe, instituído especificamente para este fim.

A UFGD realizou em março eleições com um terço dos votos para cada categoria (professores, servidores, estudantes). Na sequência, o conselho formou a lista tríplice constando apenas o nome do vencedor do pleito e duas outras pessoas de seu grupo – uma forma de impedir o governo federal de recusar a escolha concretizada pela eleição ao selecionar o nome de um dos candidatos derrotados. Por conta disso, o governo de Jair Bolsonaro cancelou o processo e pediu nova eleição.

Quando ocorreu a eleição, a UFGD divulgou em seu site oficial a proporção da eleição: “A escolha para os dirigentes na Universidade foi paritária, ou seja, o voto dos três segmentos teve o mesmo peso”. No dia 21 de março, o conselho formou a lista tríplice, encabeçada pela vencedora da eleição interna: Etienne Biasotto para reitor e Claudia Lima para vice-reitora. Mas os outros dois candidatos, Liane Calarge e Joelson Pereira, não foram incluídos na lista a ser enviada a Brasília.

Desde 1995, a legislação determina que os conselhos das universidades federais escolham três nomes para o cargo de reitor. A lei exige que 70% dos postos do conselho seja formado por professores. Mas, na prática, o que acontece desde então é que as instituições realizam.

Com a decisão do MEC, o colegiado eleitoral da UFGD irá se reunir para decidir os encaminhamentos a ser realizados. Criada em 2005, após desmembramento da UFMS, é a primeira vez que a instituição tem o processo de lista tríplice devolvido.

Polêmica

Para a Andifes (Associação Nacional Dirigentes de Instituições Federais do Ensino Superior), não adotar o critério da escolha do apontado em primeiro lugar na lista tríplice pode ameaçar a qualidade administrativa e desagradar a sociedade científica. O receito dos reitores é que questões de ideologia política sejam consideradas como critério para exclusão de nomes apontados pela comunidade universitária. “eleições abertas”, geralmente com um terço do peso dos votos para alunos, um terço para funcionários e um terço para professores. E o conselho apenas ratifica a consulta interna.

No país, há atualmente 63 universidades federais que atendem a mais de 1,3 milhão de estudantes, conforme dos dados do último Censo da Educação Superior. Além da UFGD, até agora já foi realizada eleição, no governo de Bolsonaro, na Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB).

UFGD unidade II Foto: Franz Mendes

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