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quarta-feira, 24 de abril de 2024

Dia das Crianças e o dilema de dar ou não dar presentes

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O dia não precisa significar apenas presentes e passeios

Nós crescemos e podemos até deixar de comemorar o Dia das Crianças, mas as lembranças desse dia especialmente dedicado aos pequenos pode durar por toda a vida, servindo como um estreitar de laços entre a família.

Para os pais, podem surgir muitas dúvidas quanto à comemoração, cobrança de presentes, falta de tempo para fazer uma programação elaborada (além de filas em cinemas e parques) e até sobre o que liberar no cardápio do dia. “Sem dúvida, o melhor presente é estar presente.

O interesse exagerado da criança por presentes pode advir de uma carência de atenção e do apelo excessivo da propaganda”, de acordo com a psicóloga Márcia Chicareli Costa. Mas como lidar na prática com esses dilemas?

Presentear ou não?

Toda criança gosta de brincar, mas o desejo exagerado por brinquedos também reflete o apelo para a data, que está em todas as lojas infantis das ruas e dos shoppings da cidade. “Muitos pais se vêem na obrigação de presentear pelo fato de quererem suprir uma falta de atenção e tempo para os filhos”, diz Márcia.
Dessa forma, independentemente de você dar o brinquedo dos sonhos ao seu filho, é fundamental brincar e conversar com ele, especialmente nesse dia.

A escolha do presente pode ser dada pela criança, o que estimula nela uma responsabilidade – se ela enjoar do brinquedo rapidamente, saberá que foi uma decisão própria.

“O pai deve ouvir o pedido do filho, mas muitos não o fazem e insistem em dar aquilo o que acham melhor, pois necessitam suprir desejos que depositaram nele”, explica a psicóloga.

No entanto, vale a ponderação: se o presente pedido não for adequado por algum motivo, o pai pode oferecer outras opções e até dizer que não será possível. “É importante que a criança ouça o ‘não’ diante das impossibilidades, para que vá aprendendo.

A criança que hoje quer um grande brinquedo pode querer no futuro um grande emprego, que ela pode não conseguir. Os pais não podem prepará-la para não saber como lidar com frustrações”, diz Márcia.

Presentear até que idade?

Uma situação que é bastante frequente é a dos adolescentes que querem ser tratados como adultos, e ainda exigem presentes no Dia das Crianças. “Ceder a essa exigência pode contribuir para que o filho não estabeleça a noção de que já tem algumas das responsabilidades e dos ônus da vida adulta, um paradoxo típico da adolescência”.

No entanto, para aos pais de adolescentes, reunir a família (aproveitando que a data é feriado no Brasil) e relembrar as peripécias da infância de cada um pode ser uma experiência bastante positiva.

Presente inadequado para a idade

Existem presentes inadequados para algumas faixas etárias, principalmente aqueles com peças pequenas e jogos. É importante observar se o brinquedo tem registro na Anvisa e se a idade indicada na embalagem corresponde à do seu filho. Existem pais que preferem dar dinheiro aos filhos, mas se a criança não tem idade para fazer compras sozinha, os pais devem monitorar como essa quantia será gasta.

A grana está curta

A falta de dinheiro é uma realidade que não pode ser deixada de lado. Se o dia está se aproximando e você está no vermelho ou seu orçamento não permite essa compra, nada de desespero. “A situação deve ser sim exposta à criança, caso ela cobre um presente.

O mais importante para as crianças é a atenção dos pais, que pode ser manifestada num simples passeio ou em uma tarde de brincadeiras”, diz a psicóloga.

Vale reunir os amiguinhos em casa, fazer um bolo, organizar uma gincana, deixá-lo à vontade nos brinquedos da praça, enfim, criatividade e atenção são mais importantes que dar o brinquedo da moda.

Presente útil

Aliar diversão e aprendizado é mais do que possível: “toda brincadeira é um aprendizado”, segundo Márcia. Existem muitos brinquedos pedagógicos à venda no mercado a preços acessíveis.

Com eles, a criança aprende brincando e costumam ser mais difíceis de serem abandonados, pois, apesar de não terem os atrativos comerciais tradicionais, oferecem desafios lógicos e estímulos dos sentidos.

Assim, quando oferecer as opções de presente, vale incluir esse tipo de brinquedo na lista. Contudo, é importante que não seja uma brincadeira chata, na qual a criança sente que está mais fazendo um dever de casa do que brincando.

Cardápio do dia

O que fazer nesse dia em relação ao cardápio? Liberar geral, dando todos os sorvetes e balas que o pequeno pedir, ou manter as regras do dia a dia? Não existe uma resposta certa, isso é uma decisão de cada mãe e pai, a questão mais importante é deixar claro que aquilo não é uma recompensa pela data, mas sim que em comemorações, alguns excesso nas guloseimas podem ser permitidos – e que é muito mais gostoso abusar de vez em quando do que tornar isso uma rotina.

Para a culinarista e escritora Pat Feldman, as crianças não gostam de comer guloseimas por si mesmas, os pais têm papel fundamental na educação alimentar. Ela ainda ressalta a importância de não pensar na comida com uma forma de recompensa: “oferecer gostosuras como recompensa, por exemplo: ganhar chocolate após terminar o dever de casa ou liberar o refrigerante no final de semana faz com que a criança aprenda que diversão está associada a alimentos nada saudáveis e associe o prazer unicamente a essas opções”.(yahoo.minhavida.com.br)

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