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domingo, 12 de maio de 2024

Travesti triplica preço do programa depois do escândalo

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O travesti Andréia Albertini resolveu triplicar o valor de seu programa depois do escândalo com Ronaldo: de R$ 100 passou para R$ 300. Enquanto isso, transexuais que fazem ponto na Praça do Ó, na Barra da Tijuca, principal local de prostituição homossexual do bairro, sofrem com a escassez de clientes.Na madrugada da última quinta-feira, O DIA acompanhou o expediente de dez travestis que, debaixo de chuva, aguardavam ansiosamente a chegada da clientela, mas voltaram para casa sem fazer nenhum programa. “Já são 2h e ninguém parou. Normalmente, já teria saído várias vezes. Desde segunda-feira o movimento caiu. Cadê esses maricas?”, gritava Rafaela Rangel, 22, que se prostitui há três meses e tremia de frio. R$ 6 mil mensais

Sem perder a pose e com pouca roupa, eles suportaram durante horas o frio de 18 graus registrado pelos termômetros. Equilibrando-se em sapatos altos e com bolsas a tiracolo, mostravam abatimento em um ponto de ônibus da praça, principalmente porque o período de escassez deve durar meses. O escândalo com o jogador já coloca em risco o faturamento mensal dos travestis, que chega a R$ 300 por noite e até R$ 6 mil por mês, dependendo da freqüência dos clientes. Ronaldetes

A madrugada da última quinta-feira não foi de sorte. Os poucos motoristas que paravam queriam apenas zombar. “Eles só perguntam por Ronaldo. Nos apelidaram até de Ronaldetes”, contou Vivian Pimenta, 21, que há um ano sai diariamente de Pedra de Guaratiba para fazer programas na Barra pelo preço de R$ 50. Revoltados com Andréia Albertini, os travestis garantem que não agem como ela. “Na Praça do Ó, todas falam antes de entrar no carro dos clientes que são travestis. É uma regra. Além disso, a maioria sabe que ponto de travesti é aqui, e de prostitutas, no Posto 6 da Sernambetiba”, explicou Renata Soares, 24, morena, há quatro anos no ponto. Alegando supostas ameaças, Andréia chegou a fugir de casa na última quinta-feira e pedir auxílio à polícia. Para atrair a clientela, a tática é exagerar nos olhares e poses. A esperança é fazer muitos programas e sair com homens bonitos. “A única coisa que não gostamos é de pegar caras feios”, brinca Suzane Star, 20, que trabalha há seis meses no ponto da Barra. Drogas não

Para atuar na Praça do Ó, que reúne habitualmente cerca de 20 travestis, os homossexuais novatos precisam pedir autorização para os mais antigos. “Não somos rigorosas. Basta chegar e ficar. Só evitamos quem tem envolvimento com drogas e comportamento ruim”, explicou a veterana Letícia Spring, 23, que atua há seis anos na praça. A exigência é a mesma a alguns metros dali, no ponto de prostitutas, na Avenida Sernambetiba. “Aqui não fica travesti. Só mulheres são aceitas. Não misturamos. Lá é o ponto deles”, garantiu C., 24, que se prostitui há dois anos no Posto 6. Há regras também para os clientes. Quem contrata o serviço de travestis e prostitutas deve, após o programa, deixá-los no ponto. “Quando eles não trazem a gente novamente para cá, pagam o nosso táxi”, contou Renata. Na Barra, também há casas de prostituição nas avenidas das Américas e Sernambetiba. “As termas não são ameaça. Tem espaço para todos. Isso é uma má fase por causa do problema com o Ronaldo”, minimizou C.

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