Riscos
Uma pesquisa realizada com mais de 27 mil pessoas aponta que fumantes têm três vezes mais chances de sofrer um infarto.
O risco aumenta em 63% nas pessoas que fumam menos de dez cigarros diariamente.
Essa chance é 2,6 vezes maior para os fumantes que acendem entre 10 e 19 cigarros e de 4,6 vezes para aqueles que fumam mais de 20 cigarros.
Ainda de acordo com o levantamento Interheart , desenvolvido para avaliar a importância dos fatores de risco para o infarto do miocárdio ao redor do mundo, o risco diminui gradativamente depois que a pessoa para de fumar.
E, neste ponto, o número de cigarros que a pessoa fuma por dia tem relação direta com o tamanho do perigo.
De acordo com a psicóloga Silvia Cury Ismael, chefe do Serviço de Psicologia e responsável pelo Programa de Cuidado Integral ao Fumante do HCor, “as pessoas precisam ter a consciência que o cigarro precisa ser gradativamente extinto, pois fumar causa males à saúde e ao nosso meio ambiente”, explica.
Narguilé
Ainda segundo a especialista, “o cigarro é uma droga lícita que consequentemente abre as portas para o consumo de drogas ilícitas.
Outro dado importante é que os jovens tem fumado cada vez mais o narguilé que por utilizar fumo perfumado, parece não fazer mal.
Mas uma sessão de narguilé corresponde a cem cigarros fumados em quantidade de nicotina”, alerta.
Os dados em relação ao fumo no Brasil são alarmantes. De acordo com o Inca (Instituto Nacional de Câncer), no país, 200 mil mortes anuais são causadas pelo tabagismo e, atualmente, 16% dos brasileiros adultos são fumantes.
Os homens apresentaram prevalências mais elevadas de fumantes do que as mulheres, sendo que a concentração de fumantes é maior entre as pessoas com menos de oito anos de estudo do que entre pessoas com oito ou mais anos de estudo.
O cigarro brasileiro é o sexto mais barato do mundo e cerca de 8% dos gastos com internação e quimioterapia no SUS (Sistema Único de Saúde) são atribuídos a doenças relacionadas ao consumo do tabaco.
A nicotina do cigarro prejudica não só os fumantes ativos, mas também os passivos, aqueles que respiram a fumaça expelida pelo fumante.
De acordo com o HCor, os fumantes passivos podem ser atingidos das seguintes formas:
Ao respirar a fumaça do cigarro, os não fumantes correm o risco de ter doenças como infarto do coração, câncer de pulmão, diabetes e catarata precoce;
Os não fumantes que respiram a fumaça do tabaco têm um risco maior de desenvolver doenças relacionadas ao tabagismo. Quanto maior o tempo em que o não fumante fica exposto à poluição tabagista, maior a chance de adoecer.
As crianças normalmente são as mais afetadas, sofrendo com bronquite e pneumonia, asma e infecções do ouvido médio;
Basta manter um cigarro aceso para poluir um ambiente com as substâncias tóxicas da sua fumaça. Ao fim do dia, em um ambiente poluído, os não fumantes podem ter respirado o equivalente a dez cigarros.
Confira algumas dicas para parar de fumar :
Escolha um dia para parar de fumar de uma vez só;
Tome água quando tiver vontade de fumar;
Procure ler, caminhar e praticar atividades que distraiam a mente;
Modifique sua rotina o máximo possível;
Faça exercícios regularmente;
Procure não substituir o cigarro pela comida;
Escove os dentes logo após as refeições;
Pratique relaxamento e exercícios de respiração;
Tenha sempre em mente que o cigarro é um inimigo da saúde;
Procure ajuda de especialistas se não conseguir parar sozinho.(www.band.com.br)