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quinta-feira, 25 de abril de 2024

Mamografia só deve ser realizada por mulheres após os 40 anos

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O benefício de se submeter a mamografias antes dos 40 anos é baixo, de acordo com estudo americano publicado esta semana no Journal of the National Cancer Institute.

Pesquisadores da Universidade de Carolina do Norte examinaram registros de 117 mil mulheres de 18 a 39 anos que realizaram o exame entre 1995 e 2005 e as acompanharam por um ano. As pacientes apresentaram índices muito baixos de câncer de mama, mas se sujeitaram à indicação excessiva de novos exames, o que causou um investimento financeiro e emocional inútil, sem falar na exposição desnecessária à radiação.

Como comparação, os pesquisadores reduziram hipoteticamente o universo pesquisado em 10 mil mulheres de 35 a 39 anos. Nessa proporção, 1.266 teriam de realizar outros exames, 1.250 receberiam falsos positivos e somente 16 teriam um câncer detectado.

O medo de desenvolver esse tipo de câncer e a falsa impressão de que o exame é crucial na prevenção da doença faz com que as pacientes jovens solicitem a seus médicos a realização precoce da mamografia.

“Existem jovens que querem fazer o exame semestralmente . Mas ele só deve ser feito como rotina acima dos 40 anos, pois uma das limitações da mamografia é não conseguir apontar lesões em mamas muito densas, características das mulheres mais jovens e sem filhos”, afirma a mastologista Maira Caleffi, presidente da Femama (Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama).

Para pacientes dessa faixa etária, o mais recomendado pelos especialistas é o exame clínico, realizado por médico habilitado, como o ginecologista, e o autoexame rotineiro, por meio do qual a mulher pode encontrar alguma anomalia e comunicar o médico.

“Tenho três ou quatro casos de pacientes jovens com câncer por mês: 80% delas suspeitaram de alterações e me procuraram”, acrescenta Caleffi.

No Brasil, 26% das mulheres entre 25 e 29 anos e 40% das que têm entre 30 e 39 realizaram mamografia ao menos uma vez, segundo levantamento de 2008 da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), realizada pelo IBGE.

Indicações precisas

A recomendação oficial do Instituto Nacional de Câncer (INCA) é que a mamografia seja realizada como rotina a cada dois anos a partir dos 50 anos e que o exame clínico seja feito anualmente a partir dos 40.

Mulheres com alto risco, isto é, com histórico próprio, na família ou mutações genéticas que favorecem o câncer de mama, devem fazer mamografia anual desde os 35 anos, acompanhada de exame clínico.

“Para a população mais jovem, não há recomendação oficial, porque o INCA se baseia em evidências científicas: estudos iniciais mostram que os benefícios das intervenções se acumulam a partir dos 40 anos”, diz Ronaldo Correa, técnico da Divisão de Apoio à Rede de Atenção Oncológica do instituto. E acrescenta: “A Associação de Câncer dos EUA possui uma tabela de risco de câncer de mama por faixa etária por intervalos de 10 anos. De 20-30 anos o risco é de 1/1.837, de 30-40 é de 1/234, de 40-50 é de 1/70, de 50-60 é de 1/40, de 60-70 é de 1/28 e 70-80 é 1/26. (da Folha de S. Paulo com Agência INCA de Notícias)

Mamografia só deve ser realizada por mulheres após os 40 anos, diz estudo americano06/05/2010 – O benefício de se submeter a mamografias antes dos 40 anos é baixo, de acordo com estudo americano publicado esta semana no Journal of the National Cancer Institute.

Pesquisadores da Universidade de Carolina do Norte examinaram registros de 117 mil mulheres de 18 a 39 anos que realizaram o exame entre 1995 e 2005 e as acompanharam por um ano. As pacientes apresentaram índices muito baixos de câncer de mama, mas se sujeitaram à indicação excessiva de novos exames, o que causou um investimento financeiro e emocional inútil, sem falar na exposição desnecessária à radiação.

Como comparação, os pesquisadores reduziram hipoteticamente o universo pesquisado em 10 mil mulheres de 35 a 39 anos. Nessa proporção, 1.266 teriam de realizar outros exames, 1.250 receberiam falsos positivos e somente 16 teriam um câncer detectado.

O medo de desenvolver esse tipo de câncer e a falsa impressão de que o exame é crucial na prevenção da doença faz com que as pacientes jovens solicitem a seus médicos a realização precoce da mamografia.

“Existem jovens que querem fazer o exame semestralmente . Mas ele só deve ser feito como rotina acima dos 40 anos, pois uma das limitações da mamografia é não conseguir apontar lesões em mamas muito densas, características das mulheres mais jovens e sem filhos”, afirma a mastologista Maira Caleffi, presidente da Femama (Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama).

Para pacientes dessa faixa etária, o mais recomendado pelos especialistas é o exame clínico, realizado por médico habilitado, como o ginecologista, e o autoexame rotineiro, por meio do qual a mulher pode encontrar alguma anomalia e comunicar o médico.

“Tenho três ou quatro casos de pacientes jovens com câncer por mês: 80% delas suspeitaram de alterações e me procuraram”, acrescenta Caleffi.

No Brasil, 26% das mulheres entre 25 e 29 anos e 40% das que têm entre 30 e 39 realizaram mamografia ao menos uma vez, segundo levantamento de 2008 da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), realizada pelo IBGE.

Indicações precisas

A recomendação oficial do Instituto Nacional de Câncer (INCA) é que a mamografia seja realizada como rotina a cada dois anos a partir dos 50 anos e que o exame clínico seja feito anualmente a partir dos 40.

Mulheres com alto risco, isto é, com histórico próprio, na família ou mutações genéticas que favorecem o câncer de mama, devem fazer mamografia anual desde os 35 anos, acompanhada de exame clínico.

“Para a população mais jovem, não há recomendação oficial, porque o INCA se baseia em evidências científicas: estudos iniciais mostram que os benefícios das intervenções se acumulam a partir dos 40 anos”, diz Ronaldo Correa, técnico da Divisão de Apoio à Rede de Atenção Oncológica do instituto. E acrescenta: “A Associação de Câncer dos EUA possui uma tabela de risco de câncer de mama por faixa etária por intervalos de 10 anos. De 20-30 anos o risco é de 1/1.837, de 30-40 é de 1/234, de 40-50 é de 1/70, de 50-60 é de 1/40, de 60-70 é de 1/28 e 70-80 é 1/26. (da Folha de S. Paulo com Agência INCA de Notícias)

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