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quarta-feira, 1 de maio de 2024

Publicação destaca promoção de direitos de mulheres

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“É impressionante ver os avanços da que a ICW conquistou nos últimos anos neste país”. A afirmação, da Representante do UNFPA no Brasil, Alanna Armitage, marcou o lançamento da publicação institucional do Capítulo Brasileiro da ICWLatina – Comunidade Internacional de Mulheres Vivendo com HIV AIDS (ICW Brasil), produzida em 2008 com o apoio do Fundo de População das Nações Unidas. Com o Projeto Vozes Positivas – Reatando Nós & Outras, a publicação visa informar, dar visibilidade e ser uma ferramenta de advocacy para mobilizar a sociedade para a promoção dos direitos das mulheres vivendo com HIV/Aids.Para Juçara Juçara Portugal Santiago, 54, Representante do Capítulo Brasileiro da ICW Latina, a publicação reflete as articulações realizadas durante quase duas décadas junto a outros movimentos sociais, governo e organismos internacionais para o fortalecimento social e ampliação da participação de mulheres vivendo com HIV/Aids em espaços de decisão. “Agora temos uma trajetória registrada no Brasil”, resume.De fala mansa e modos delicados, Juçara, que participa do enfrentamento à epidemia desde o final dos anos 1990, tem estado à frente de grande parte do processo de institucionalização da ICW Brasil. Natural de Nilópolis, Rio de Janeiro, atua como uma figura catalisadora no movimento de mulheres vivendo com HIV/Aids.”A gente não pode ficar presa ao passado. Temos que agir rápido, aqui e agora, para garantir o respeito aos direitos das mulheres que vivem com HIV evitar que outras mulheres se infectem com o HIV e, caso se infectarem, logo terem o apoio e informações que necessitam. O futuro está aí para a gente construir agora”. A trajetória de parceria entre a ICW Brasil e o UNFPA data de 2006, durante o primeiro encontro da ICW no país, que contou com a participação de cerca de 70 mulheres de todos os estados. Já em 2007 estavam definidas as linhas mestras de uma estratégia de atuação até 2011, com um plano de trabalho que tem contemplado a capacitação de lideranças, elaboração de publicações e iniciativas de advocacy em prol dos direitos das mulheres vivendo com HIV/Aids. “Temos que fazer as informações chegarem às pessoas, na base. Temos que aumentar a disseminação, por exemplo, das recomendações do Plano de Enfrentamento da Feminização da Aids e outras DST. Isso passa por capacitação de lideranças, mas também consolidar nossas conquistas, participar mais na formulação de políticas e programas e garantir que reflitam nossas necessidades. Depois disso, avançar”, argumenta. Segundo Juçara Portugal, o movimento social de mulheres vivendo com HIV tem mais visibilidade, mas ainda é preciso avançar na discussão de questões que vão além da prevenção: “Não se fala sobre cuidado, sobre apoio aos familiares. Temos que correr, trazer esses outros temas que são urgentes”, conclui.Em 2009, a instituição deve realizar o segundo encontro de mulheres líderes da ICW Brasil. “Esse próximo encontro é muito importante em termos políticos”, explica Juçara. Durante o evento, as quase 300 afiliadas devem comemorar a oficialização da personalidade jurídica da instituição, o que amplia suas possibilidades de atuação, captação de recursos e sustentabilidade das ações.A meta é consolidar o plano de trabalho até 2011, instalando grupos de trabalho e ampliando a abrangência das Salas de Conversa, na Sede Nacional da ICW Brasil, na Tijuca, Rio de Janeiro. Desde 2004, a ICW Brasil também vem implementando a Ouvidoria de Direitos Humanos Vozes Positivas com o apoio da Fundação Ford. A idéia é chegar a um serviço tipo 0800, mas para isso a instituição precisa de apoio financeiro. Atualmente, a própria Juçara recebe por celular demandas de todo o país e mesmo de fora. “Outro dia mesmo me ligou uma pessoa de Serra Pelada (região de garimpo ao norte do Brasil), outra vez foi uma mulher que mora no Paraguai e faz tratamento em São Paulo, e até uma assistente social que conheci na Conferência Mundial de AIDS no México e queria trabalhar conosco. As pessoas perguntam sobre direitos, apoio jurídico, serviços, referências, especialmente quando recebem o resultado do exame”, conta. “Uma mulher me ligou no mesmo dia em que recebeu o resultado positivo.

Conversamos, trocamos email… Enviamos torpedo pelo telefone… Ela não está sozinha… E perguntei para ela como ela soube de mim… Ela falou que logo que soube ela pesquisou na internet e lá estava a ICW Brasil”, completa. Para Juçara Portugal, é essencial capacitar outras pessoas e instalar um serviço de ouvidoria estruturado em rede de apoio. “Para isso, precisamos seguir nos organizando, fortalecendo e vivendo o hoje e o agora”.Mais informações:

ICW Brasil

Rua Araújo Pena, 76 – Tijuca

CEP 20 260 230 Rio de Janeiro, RJ – Brasil

Tel.: (21) 8853 7109

E-mail: [email protected]

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