Porto seco vai incentivar exportações. Projeto em Dourados depende da conclusão da estrutura do Aeroporto, Ferroeste e Anel Viário. Porto seco diminuirá custos das exportaçõesMarli LangeA criação do porto seco em Dourados ainda é um projeto para ser implementado em médio prazo, porém, muito esperado para os empresários que trabalham com exportação.
O projeto começou a ser executado, mas no momento está paralisado, segundo o secretário municipal de Agricultura, Indústria e Comércio, Maurício Peralta. Ele explica que antes da instalação da zona alfandegária, existem outras providências as serem tomadas. “Primeiro é necessário preparar a infraestrutura de suporte para depois iniciar o processo de criação do porto seco”, ressalta o secretário. Esse suporte, refere-se as infraestrutura do aeroporto, ferrovia e anel viário, que estão ainda em execução.
O aeroporto já passou pela primeira fase de reformas, que foi entregue em novembro pelo governo do Estado.
Faltam ainda uma série de melhorias como uma estação de cargas, reforma da estação de passageiros, torre de controle e estacionamento para veículos.
Com relação a Ferroeste, o projeto está bastante adiantado. Este ano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, garantiu os R$ 2,3 bilhões para bancar o projeto em parceria com os governos de Mato Grosso do Sul e Paraná. A Ferroeste vai ligar através de uma ferrovia, Maracaju, Dourados, entre outras cidades, até ao porto de Paranaguá (PR).
A Ferroeste pretende iniciar a obra na metade do ano que vem e inaugurá-la em 2012. Com relação ao anel viário, o projeto executivo já foi concluído, falta terminar o processo de licitação para iniciar as obras.
O governador André Puccinelli (PMDB) já incluiu a obra, de 23,6 quilômetros no pacote “MS Forte”. Fará a interligação da BR-463, no trevo de Laguna Carapã e Ponta Porã, passando pela MS-156, de acesso à Itaporã e região sudoeste, com a BR-163.
Em Dourados o porto seco deverá atender a logística rodoviária, ferroviária, aérea e ainda a fluvial. Neste caso, os produtos poderiam ser exportados pelo porto de Concepción, no Paraguai, que fica a apenas 300 quilômetros de Dourados.
Para o presidente do Conselho Pró-Dourados, o advogado Sérgio Henrique Pereira Martins de Araújo, o porto seco é de extrema importância para o desenvolvimento do município e da região.
A cidade ampliaria sua condição de polo de distribuição e exportação de mercadorias. Os exportadores não precisariam mais se dirigir até zonas alfandegárias fora de Dourados para exportar suas mercadorias, podendo executar na própria cidade e com custo menor.
O projeto do porto seco de Dourados é antigo. O primeiro a defender a idéia foi o vice-governador Murilo Zauith (DEM). Para ele, a criação dessa zona alfandegária na cidade, depende de iniciativa local e dos projetos a serem concluídos para dar suporte.
