29.9 C
Dourados
domingo, 28 de abril de 2024

Amamentação tem benefício para famílias, sociedade e contas públicas

- Publicidade -

04/06/2018 13h00 – Por Ministério da Saúde e da The Lancet

As mães já comprovaram na prática o que a medicina aponta há anos: o leite materno é extremamente eficaz para garantir a saúde dos bebês, prevenindo-os contra infecções, diarreias, doenças respiratórias e alergias.

Mas, de acordo com o Ministério da Saúde, os benefícios não se limitam aos primeiros meses ou anos de vida nem mesmo à criança – o efeito é vantajoso para o País inteiro.

De acordo com a coordenadora das ações de aleitamento materno do ministério, Fernanda Monteiro, a saúde de crianças bem amamentadas permanece resguardada na vida adulta, pois elas têm menos chance de desenvolver obesidade e diabetes, por exemplo. A prática da amamentação pode evitar, por ano, 823 mil mortes de crianças em todo o mundo.

É também possível impedir a morte de 20 mil mulheres por câncer de mama, além de reduzir o risco de diabetes e câncer no ovário.

Consequentemente, os benefícios se estendem aos cofres públicos, explica Fernanda: “Gera-se uma economia com relação aos gastos do sistema público de saúde com internações hospitalares e medicamentos”.

O leite materno é o único alimento de que uma criança precisa até os seis meses de vida, pois nenhuma mãe gera leite fraco ou pouco nutritivo.

“Uma família gasta, todos os meses, quase metade de um salário mínimo para alimentar um filho com fórmulas infantis.

Não é nada econômico e, certamente, esse dinheiro vai faltar em outros aspectos da vida familiar e do bebê”, destaca Fernanda Monteiro.

Segundo dados do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), substitutos do leite materno com composição nutricional equivalente pesam muito no orçamento das famílias.

Para alimentar um bebê durante um ano, são necessários 40 kg (aproximadamente 80 latas) de leite em pó.

“É importante que a mulher se empodere com a prática da amamentação, até porque ela pode não conseguir custear os alimentos com fórmulas por um período longo”, complementa Fernanda.

De acordo com o periódico mundialmente reconhecido The Lancet, a indústria de fórmulas infantis cresce a cada ano.

Em 2014, as vendas foram de aproximadamente US$ 45 bilhões. Em 2019, devem superar os US$ 70 bilhões.

Desenvolvimento social

Além do impacto nas famílias, a prática da amamentação afeta até a educação e o desempenho social do País.

“Estudos comprovam que crianças que são amamentadas por mais tempo ao chegar à idade adulta têm maior escolaridade e renda”, destaca Fernanda.

Aqui, você pode conferir a série de aleitamento materno do periódico The Lancet (em inglês)

O impacto social é mensurável: a formação de crianças e adultos com melhor desempenho escolar na juventude e melhor renda na vida adulta é essencial para redução da pobreza.

Estudos divulgados na The Lancet apontam que as perdas em Produto Interno Bruto (PIB) em todo o mundo causadas pela ausência ou insuficiência na amamentação superam US$ 302 bilhões por ano.

o Ministério da Saúde e da The Lancet

Foto: Rodrigo Nunes/Ministério da Saúde

Veja também

- Publicidade -

Últimas Notícias

- Publicidade -
- Publicidade -

Últimas Notícias

- Publicidade-
Verified by MonsterInsights