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sexta-feira, 26 de abril de 2024

Falta de regulação leva a cobrança abusiva por próteses

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18/04/2015 13h29

O ministro da Saúde, Arthur Chioro, disse na terça-feira (14) que o governo precisa atuar contra a chamada máfia das próteses.

Em depoimento na CPI, Comissão Parlamentar de Inquérito, no Senado, ele comentou denúncias do esquema fraudulento de comercialização de próteses, que ocorre em todo o país.

Segundo o ministro, o setor possui vários pontos críticos que precisam de intervenção imediata. “Nós não temos a regulação de preços, não temos um banco público de preços.

Então nós ficamos à mercê daquilo que o especialista indica, daquilo que o fabricante coloca no mercado.

Além do quê não é só o produto, mas o conjunto de materiais que são utilizados, inclusive os instrumentais que são fornecidos pela empresa fornecedora daqueles produtos.”

Arthur Chioro argumentou que o médico não pode, por exemplo, indicar o fabricante, o distribuidor e a marca da prótese que será usada pelo paciente.

De acordo com o ministro, a falta de regulação dos preços permite que empresas, profissionais e prestadores de saúde tirem vantagens indevidas e cobrem valores abusivos.

Ele apresentou um estudo que mostra que uma prótese de joelho sai do fabricante custando cerca de R$2 mil, mas chega ao consumidor final por mais de R$18 mil. Só a comissão do médico, valor recebido de forma irregular, custa R$3,5 mil.

Segundo Chioro, o grupo de trabalho criado no início deste ano está avaliando os problemas do setor para desenvolver uma padronização adequada dos produtos.

O relator da CPI, senador Humberto Costa, disse que a comissão vai ouvir órgãos reguladores da área da saúde.

“Nós vamos agora ouvir órgãos reguladores, entre eles a ANS e a Anvisa, para ouvir como é o problema no sistema suplementar e também para ouvir falar, por parte da Anvisa, das ações de regulação, o que é que pode ser melhorado. Vamos também, in loco, apurar algumas denúncias”.

Duas CPIs investigam o esquema, uma no Senado e outra na Câmara dos Deputados. Os trabalhos foram motivados principalmente por uma reportagem veiculada em janeiro pela imprensa, que apontou um esquema em que médicos chegavam a receber até R$100 mil por mês de comissões com as vendas de próteses. O jornalista autor da matéria foi ouvido na terça-feira (14) na Câmara.(Radioagência Nacional)

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