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sexta-feira, 26 de abril de 2024

Situação do comércio exterior brasileiro é delicada

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01/03/2015 10h01

Para especialista, o Brasil perdeu competitividade nos últimos 10 anos e é mais difícil exportar hoje que há 10 anos atrás.

Dados da balança comercial mostram como o Brasil regrediu em termos de crescimento econômico nos últimos nove anos.

Essa é a avaliação da advogada especialista em comércio internacional do L.O. Baptista-SVMFA, Cynthia Kramer.

Os dados divulgados pelo Mdic (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior), sobre a retrospectiva do setor em 2014, mostram que o Brasil, em 2005, contava com aproximadamente 30% de exportações de básicos, e 55% de manufaturados. Hoje, praticamente inverteu, e temos 35,6% de manufaturados e 48,7% de básicos.

“É de assustar como o Brasil está regredindo. Um país em crescimento tende a exportar mais manufaturados e menos produtos básicos”, avaliou Kramer.

Para a especialista isso aconteceu porque não houve investimento em educação e desenvolvimento tecnológico, enquanto outros países passaram a conseguir produzir seus próprios produtos manufaturados que independem de tamanho de território e condições climáticas, como é o caso dos produtos básicos.

“O que precisa ser feito para melhorar esse quadro é não apenas investir em inovação da indústria, mas agregar valor aos nossos produtos básicos para que, ao invés de soja, passemos a exportar óleo de soja, e assim por diante”, destacou.

O número de empresas exportadoras também caiu, passando de 21,2 mil em 2005 para 19,2 mil em 2014. Segundo os dados do Mdic, hoje há menos empresas exportando que em 2005.

Em sua avaliação, o motivo para essa queda foi a competição internacional: o Brasil perdeu competitividade nos últimos 10 anos e é mais difícil exportar hoje que há 10 anos atrás.

Neste sentido, as micro e pequenas empresas também reduziram o percentual de participação nas exportações, de 12,2 mil companhias em 2005 para 9,1 mil no último ano.

Ela acredita que algumas medidas poderiam ajudar as pequenas empresas, como o aumento das linhas de financiamento à exportação e a desburocratização dos trâmites aduaneiros.

Além disso, as exportações recuaram em seus principais mercados de destino em 2014, na comparação com o ano anterior, com destaque para o Mercosul (15,2%) e América Latina (14%). A exceção ficou por conta da Europa Oriental e Estados Unidos, cujas exportações cresceram 9,7% e 9,2%, respectivamente.

Os EUA representam apenas 12% de nosso mercado consumidor externo e, o mais importante, é grande consumidor de produtos manufaturados brasileiros (57%).

“É prioridade estreitar relacionamento com os EUA, pois temos potencial para crescer nesse mercado que consome produtos brasileiros de maior valor agregado, o que contribuirá para melhorar nossa balança comercial com vistas ao superávit.”, finalizou.
(Guia Marítimo)

Guia Marítimo

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