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sexta-feira, 26 de abril de 2024

Proibição do glifosato ameaça plantio direto no Brasil

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17/05/2015 08h29

Para o Ministério Público Federal, os herbicidas à base de glifosato devem ser banidos do mercado por alguns estudos internacionais apontarem que esses produtos são cancerígenos.

Tal medida, no entanto, poderia ameaçar uma das mais importantes práticas agrícolas no país, o plantio direto.

Em lavouras do sul do País, geralmente o produto é aplicado depois da soja e antes do plantio de trigo para acabar com as ervas daninhas.

A palhada da soja, neste caso, protege o solo para o cultivo de trigo, segundo o que a diz a recomendação técnica do plantio direto.

De acordo com o engenheiro agrônomo Rodrigo Ambrosio, o uso de produtos à base de glifosato é imprescindível para uma agricultura mais eficiente. “Foi um ganho a gente conseguir fazer o produtor utilizar o plantio direto.

A partir do momento em que começa a preparar a terra, você tem um custo mais alto, do preparo da terra, e uma perda da qualidade ambiental, com relação à erosão.

E com a soja, com certeza, iria sobrar mais mato e ter uma concorrência maior de plantas daninhas com a soja, acarretando em diminuição da produção”, explicou Ambrosio em entrevista ao Canal Rural.

Dionízio Gazziero, pesquisador da Embrapa, lembra na reportagem que o glifosato passou a ser usado como pós-emergente após o desenvolvimento dos transgênicos. Com as cultivares RR, usadas em 90% da produção de soja no país, há resistência ao herbicida.

“O glifosato é um produto não seletivo de amplo espectro, e quando eu falo não seletivo é porque ele mata todas as plantas [daninhas].

A partir de 2005, ele começou a ser usado na soja em pós-emergência como um produto para controlar as plantas que nascem dentro da cultura da soja”, explanou Gazziero.

O glifosato foi criado pela Monsanto, empresa com sede em Creve Coeur, Missouri. O produto está registrado em 160 países e não há nenhuma restrição a seu uso relacionado à toxicologia.

A Associação dos Produtores de Soja e Milho (Aprosoja) teme perdas financeiras caso o produto realmente fique indisponível no mercado brasileiro.
(Agrolink)

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