05/03/2015 17h01
Áreas de instabilidade ainda atuam sobre grande parte do Centro-Oeste, mas as chuvas previstas continuam em forma de pancadas, como tem ocorrido nos últimos dias.
Produtores de soja encontram condições satisfatórias para a realização da colheita e do posterior plantio do milho segunda safra. Até o fim da semana, a previsão é de que esse seja o padrão de tempo.
Segundo o boletim agrometeorológico da Somar, produtores de Mato Grosso colheram 55% da área de soja. Na mesma época de 2014, o percentual era de 60%. Em Mato Grosso do Sul, o índice é de 40% e, no ano passado, chegava a 69%.
Em Goiás, o número é 37% contra 70% do ano passado. A invernada que era prevista não só para essa semana como para toda a primeira quinzena de março não ocorreu devido ao bloqueio atmosférico que se mantém sobre o Sudeste.
Por isso, as frentes frias não conseguem avançar e manter um corredor de umidade sobre toda a região Central do Brasil.
No Sudeste, há previsão de possíveis pancadas de chuvas muito isoladas, em especial sobre a faixa oeste de São Paulo.
Na quinta, no entanto, uma frente fria deverá romper o bloqueio e, com isso, a precipitação pode voltar sobre São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e parte do Espírito Santo.
Em São Paulo, a colheita da soja está em 23% contra 28% do mesmo período de 2014. Minas Gerais é o Estado mais atrasado da região, com apenas 21% da safra colhida (no ano passado era 52%).
No Sul, há chuva por conta da passagem de uma frente fria que vem da Bolívia. Os maiores volumes devem ocorrer sobre o Paraná entre sexta e sábado, o que poderá inviabilizar os trabalhos de colheita e plantio, mas beneficiar as lavouras que ainda se encontram em fase de desenvolvimento e enchimento dos grãos.
No Paraná, a colheita da soja está em 41% (contra 48% do ano passado). No Rio Grande do Sul, a colheita registra 2%, mesma média de 2014.
Na região de Mapitoba, a semana será marcada apenas por possíveis pancadas de chuvas isoladas, sendo que o Estado que poderá receber os maiores volumes será Tocantins.
Apesar da ausência de chuva, as condições ainda se manterão razoáveis ao desenvolvimento das lavouras e favoráveis à realização da colheita da oleaginosa, que já iniciou na Bahia (5%).
(Canal Rural)
