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quarta-feira, 8 de maio de 2024

Greve paralisa obras a partir de hoje em MS

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23/04/2014 07h12 – Atualizado em 23/04/2014 07h12

Em Dourados, 10 mil trabalhadores da construção podem deflagrar greve

Mais de 300 obras entre públicas e privadas podem parar, o que pode gerar prejuízo às empreiteiras e cofres públicos. Sindicato reivindica 30% de reajuste salarial para a categoria. Manifesto acontece na Capital

Valéria Araújo

A greve dos trabalhadores na construção civil, que começa hoje em todo o Estado, deve atingir 10 mil trabalhadores em Dourados, segundo Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil e do Mobiliário (Sintracom). Recente levantamento do Conselho de Arquitetura e Urbanismo mostrou 320 obras em execução no Município, que poderão ser paralisadas, a partir de hoje. Apesar disso, empreiteiras de obras públicas de Dourados, como construção de praças e asfalto, até ontem afirmaram ao O PROGRESSO que desconheciam a manifestação.

Ao todo, a greve deve mobilizar mais de 120 mil trabalhadores da construção civil de Mato Grosso do Sul. De acordo com o presidente da entidade, José Abelha a paralisação por tempo indeterminado acontece como resposta à negativa da classe empresarial de promover aumento salarial.

Conforme o sindicalista, os trabalhadores reivindicam 30% de reajuste para os pisos salariais e 15% para quem ganha acima do piso. A decisão da categoria foi tomada em assembleia geral realizada na semana

“Este ano não houve acordo com a classe empresarial. Durante as negociações nos foi oferecido apenas a reposição das perdas que é o reajuste anual de 5%. Hoje o oficial não ganha o suficiente para a carga de trabalho e a responsabilidade que enfrenta no dia-a-dia”, destaca observando que o salário de um oficial é de R$ 1 mil por mês e que a categoria luta para um acréscimo de R$ 300 no salário.

Na capital a previsão é de que, no mínimo, 400 obras sejam paralisadas com a greve. “É prejuízo para a classe patronal e também para o poder público que poderá sofrer as consequências de atraso de cronograma e consequentemente financeiro”, alerta.

Segundo ele, a última assembleia da categoria foi marcada pela participação ativa dos trabalhadores que, durante o debate, rejeitaram as propostas oferecidas pelos patrões. “A Proposta do Sinduscon-MS, não cobre sequer a inflação do ano”, critica Abelha Neto sobre os 5,39% oferecidos pelos empresários.

O Sintracom, segundo Abelha Neto, pede equiparação com os salários pagos, pelo mesmo trabalho em outros estados da federação, como São Paulo, onde os valores chegam a 30% de diferença do valor pago aos trabalhadores no Mato Grosso do Sul.

Os trabalhadores reclamaram também que a proposta de equiparação salarial com os trabalhadores de São Paulo está nas mãos dos empresários há mais de 70 dias. “Eles não deram bola e só agora apareceram com 5,39%, uma miséria de reajuste”, afirmou o sindicalista.

Para reforçar o movimento de greve, o Sintracom vai contar com o apoio de uma central de trabalhadores e da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil.
Em Dourados, o secretário de Obras da Prefeitura Jorge de Lúcia não retornou contatos feitos pelo Jornal para comentar sobre os impactos da greve no município.

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