30/08/2014 11h45 – Atualizado em 30/08/2014 11h45
Segundo tabela do Inpe, os casos de incêndios registrados no Mato Grosso do Sul tiveram um pico no ano de 2012, mas se mantiveram em queda nos anos seguintes
Luiz Radai
O Estado de Mato Grosso do Sul registrou este ano, de janeiro a agosto, pelo menos 1168 focos de incêndio segundo o monitoramento do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). O MS não é um dos que mais apresentam focos, no entanto, o clima do período do ano por que passamos é motivo de alerta para cuidados em relação a estes eventos.
Segundo tabela do Inpe, os casos de incêndios registrados no Mato Grosso do Sul tiveram um pico no ano de 2012, mas se mantiveram em queda nos anos seguintes, se comparados os períodos de janeiro a agosto. De 2011 para 2012 o aumento registrado foi de 250%, saltando de 1165 focos para 4078.
No ano passado, neste período, foi registrada queda de 65%, sendo 1400 focos registrados. A manutenção deste declive nos números em 2014 se deu em 16%, com 1168 casos.
No entanto, a preocupação é a mesma. O mesmo instituto registrou nas últimas 24 horas a incidência de mais de 30 focos espalhados pelo Estado.
MOTIVAÇÃO
Segundo dados meteorológicos da Embrapa, algumas peculiaridades do mês de agosto e da região da Grande Dourados podem contribuir para a incidência de incêndios.
Entre eles, pelo menos quatro. A umidade relativa do ar apresenta a menor média do ano em agosto: 58%. A umidade mínima registrada, também pertence a mês oito: 33%. Agosto também é o mês que menos choveu no ano passado na região de Dourados (47 mm) e este ano não ultrapassou os 7 milímetros. E o vento em agosto e setembro apresentam as maiores médias no ano na nossa região.
NACIONAL
O mês de agosto termina com aumento de 91% do número de focos de calor com relação ao mesmo período de 2013, segundo monitoramento do Inpe.
Entre os dias 1 e 28, em todo o país, satélites detectaram 67.866 focos. A Amazônia é o bioma com o maior número de queimadas, 19.829 ao todo, seguida do Cerrado, com 14.861 focos, Mata Atlântica, com 3.329 focos, Pampa, com 190 focos e Pantanal, com 111 focos.
O estado do Pará lidera o ranking no período, com 8.205 focos, o que significa um aumento de 321% em relação ao mesmo período do ano passado. Em segundo lugar vem Mato Grosso, com 6.161 focos, o que representa aumento de 101%. E em terceiro lugar está o Maranhão, com 5.393 focos, aumento de 205%.
