30/03/2014 19h02 – Atualizado em 30/03/2014 19h02
Toada
Conjuntura – Williams Araújo
Não será por falta de incentivo que o prefeito de Dourados, Murilo Zauith (PSB), deixa de lançar sua candidatura ao Parque dos Poderes. Quem se encarregou de inflar seu ego foi ninguém menos que o governador André Puccinelli (PMDB), ao destacar sua competência e por representar uma região de alta densidade eleitoral.
Claro que por trás desse apelo existe também o interesse de forçar um segundo turno nessa disputa, cujos candidatos declarados são Delcídio do Amaral (PT) e Nelsinho (PMDB).
Responsável
Pelo que se sabe, ele [Murilo] não fez ouvidos de mercador aos elogios e, como André, também tem lá seus mistérios a serem desvendados ainda esta semana. Enquanto alguns apostam em sua renúncia, outros preferem ficar com o pé atrás e acreditar que ele vai mesmo é concluir sua gestão.
Agora, se ele resolver disputar a eleição, o crédito maior terá que ser dado a Eduardo Campos que, corajoso, resolveu abdicar do governo de Pernambuco para tentar o Palácio do Planalto.
Missão inglória
Enquanto Murilo mantém o mistério, Delcídio e Reinaldo vão ao seu encontro lutar por seu apoio. A missão é difícil, mas nada que impeça que eles tenham uma conversa franca e exponham seus pensamentos. Afinal, ninguém tem bola de cristal para saber antecipadamente o que vai acontecer no dia 5 de outubro.
Por isso, todo o cuidado é pouco nessas horas para não incorrer em erros. Além do mais, política se faz assim mesmo, na conversa.
Desejo incontido
Quem te viu quem te vê. É essa exatamente a exclamação de muita gente sobre o empenho do vereador Zeca do PT em tentar convencer o PT nacional a aliar-se ao PSDB em Mato Grosso do Sul. Ele garantiu, inclusive, que não vai medir esforços para ajudar o senador Delcídio do Amaral a amarrar essa dobradinha com Reinaldo Azambuja.
No entanto, percebe-se nesse desejo do petista sua gana de vencer Puccinelli, mesmo que para isso tenha que abraçar desafeto de Dilma Rousseff.
Acertos e desacertos
Sobre a aliança PT/PSDB, a direção tucana em Mato Grosso do Sul já teria o aval de Aécio Neves (PSDB-MG), presidente nacional do partido e candidato ao Palácio do Planalto. Portanto, desse lado já está tudo sacramentado. O problema agora está no PT, cujo comando nacional vetou aliança com o PSDB, DEM e PPS nos estados.
Essa afinidade entre Delcídio e Reinaldo já vem de algum tempo e, de certa forma, isso terá peso na decisão.