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sábado, 27 de abril de 2024

Estudantes desenvolvem projetos para o campo

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30/09/2014 08h39 – Atualizado em 30/09/2014 08h39

Alunos de curso técnico desenvolvem projetos para o campo

Flávio Verão

Desenvolver técnicas que facilitem o dia a dia do pequeno produtor rural. Essa iniciativa é parte dos projetos desenvolvidos por estudantes e professores do curso Técnico em Agropecuária integrado ao ensino médio da escola estadual Castro Alves, em Dourados. Semana passada eles apresentaram à comunidade alguns de seus trabalhos, 15 deles finalistas da IV Feira de Tecnologia Engenharia e Ciência de Mato Grosso do Sul (Fetec/MS), que será realizada entre os dias 28 de outubro e 1º de novembro, em Campo Grande.

Durante dois dias, pequenos produtores da agricultura familiar dos assentamentos Lagoa Bonita, Amparo e Vila Vargas, todos na região de Dourados, tiveram a oportunidade de conhecer os projetos desenvolvidos no curso Agrotécnico, que funciona em anexo a escola municipal Padre André Capelli, no distrito de Panambi. Estudantes de outras escolas também fizeram visita técnica para conferir a produção científica dos alunos da Agrotécnica.

O site Douradosagora também conferiu os trabalhos, principalmente três deles, considerados como destaques pela escola. O estudante Andrelucio Vasconcelos Junior, de 18 anos, utilizou da criatividade para criar cerca elétrica impermeável, destinado para fazer rotação de pastagem de gado leiteiro. O poste da cerca é de bambu, encontrado na natureza, sendo ele envolto de garrafas pet, aquecidos ao fogo para haver a selagem e com o fundo de uma das garrafas encaixado em uma das extremidades da cerca.

De acordo com o estudante, supervisionado pelo professor Rômulo Costa, o espaçamento entre uma estaca a outra é de aproximadamente 2,5 metros e a cada três lascas fixado um mourão de eucalipto, para suportar o peso dos bambus. Como o projeto é destinado a gado leiteiro, dois arames são suficientes para ser atrelados a cerca. “A proposta desta cerca é reduzir os custos do produtor”, explica o estudante.

“Por ser um produto de fácil manuseio, a cerca pode ser retirada facilmente e removida para outro pasto”, disse o estudante.

Outro trabalho desenvolvido na escola também tem como proposta reduzir os custos do pequeno produtor rural. Trata-se do aproveitamento de dejetos de suinocultura para produção de biogás. Embora esteja em fase de experimentos, o projeto mostrou viabilidade como fonte de energia renovável, diminuindo consideravelmente os danos ao meio ambiente.

De acordo com o estudante Danilo Felisardo, de 19 anos, também orientado pelo professor Rômulo e a professora Natalia Sunada, da UFGD, os resultados da pesquisas apontam que a produção de biogás por digestão anaeróbia do suíno, principalmente o de granja, é capaz de produzir energia. Após realizar a pesquisa no laboratório da escola, foi constatado que o resultado se justifica pela quantidade de gordura presente na dieta dos suínos.

Na escola, o gás proveniente do esterco e da urina do animal foi acumulado no interior de uma biodigestor de fabricação caseira, criado a partir de uma garrafa pet, onde os dejetos são colocados, e envoltos de dois canos de PVC. Após 90 dias, feito o processo de biodigestão anaeróbia, o gás é retirado e de acordo com a pesquisa, o valor acumulado no biodigestor da escola é suficiente para deixar uma lâmpada acessa por aproximadamente 50 minutos.

O professor Rômulo esclarece que o biogás, depois de acumulado no biodigestor, deve, posteriormente, ser transformado em energia, processo que depende de um outro processo de pesquisa não desenvolvido na escola.

O terceiro trabalho refere-se a boas práticas para montagem da compostagem, feito através de resíduos de gramas, podas de árvores e dejetos de criação de coelhos. Segundo o estudante Fernando Guimarães Filho, que analisou os compostos durante estágio desenvolvido na UFGD, a compostagem apresentou como uma promissora alternativa. Ele foi orientado pelos professores Leonardo Bordin, da escola Castro Alves, e Alberto Maldonado, da UFGD.

De acordo com as coordenadoras do curso agrotécnico, Shirley Zarpelon (pedagógica), e Elaine Munarin (técnica), a escola tem investido fortemente em pesquisa e este é o segundo ano que os estudantes têm projetos finalistas na Fetec. “Isso demostra que estamos no caminho certo, conciliando o ensino e a pesquisa” finaliza as coordenadoras.

O estudante Andrelucio Vasconcelos Junior, de 18 anos, utilizou da criatividade para criar cerca elétrica impermeável, destinado para fazer rotação de pastagem de gado leiteiro. O poste da cerca é de bambu, encontrado na natureza, sendo ele envolto de garrafas pet, aquecidos ao fogo para haver a selagem e com o fundo de uma das garrafas encaixado em uma das extremidades da cerca.

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