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sábado, 27 de abril de 2024

Fotografia é necessidade da sociedade que ‘lê as imagens’

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19/08/2014 16h03 – Atualizado em 19/08/2014 16h03

Hedio Fazan demonstra a gratidão nas palavras e não teme dizer: “Tudo que tenho e que sou hoje devo a Deus, mas foi por intermédio da fotografia”

Luiz Radai

Nesta terça-feira dia 19 de agosto é o Dia Mundial da Fotografia. E para fechar a série sobre este produto que fomenta uma profissão, vamos falar dos desafios da reportagem fotográfica. O personagem de hoje é o repórter-fotográfico Hedio Fazan, que desempenha a função no jornal O Progresso, em Dourados.

Há 20 anos na profissão, o fotógrafo traz na bagagem muito mais do que prêmios e fotos que estamparam jornais de repercussão nacional e calendários, Fazan demonstra a gratidão nas palavras e não teme dizer: “Tudo que tenho e que sou hoje devo a Deus, mas foi por intermédio da fotografia”.

Segundo Fazan, quando a fotografia está relacionada com acontecimentos cotidianos e, muitas vezes, de grande repercussão ela se torna um ‘produto’ ainda mais gratificante para quem faz.

Fazan diz ter aprendido que a cada dia o desafio é trazer uma imagem que valha a capa do periódico. “Eu comecei neste ramo porque tinha vontade de fotografar. Sempre gostei disso”, conta. “E hoje, 20 anos depois, eu sei que fotografar é uma maneira de suprir a necessidade da sociedade por informação”, disse.

Segundo o fotógrafo, esta é uma constatação. O sentimento em saber que pessoas de todo o Estado e, com a internet, de todo o mundo podem olhar suas fotografias é gratificante. “Estamos sendo úteis para a sociedade, participando da escrita de uma história”, diz.

E para vencer desafios a cada dia, o profissional ressalta a vontade de trabalhar. “Deitar no chão, subir em árvore. Cada tipo de coisa que temos que fazer por uma imagem, e é preciso não temer isso. Ás vezes até entramos em ‘frias’”, conta.

E olha que a ‘fria’ a que ele se refere nem é a de esperar até 3h da madrugada, durante o inverno, só para fotografar o termômetro da praça que registrou 0º C, e procurar flocos de gelo sobre a relva.

As ‘frias’ mencionadas vão, sim, de desencontros a confrontos e os mais terríveis momentos, segundo ele, foram em coberturas de conflitos entre índios e produtores rurais. “Em uma cidade da região sul eu fiquei por um bom tempo em uma moita de arranha-gato. Escondido em meio ao ‘fogo-cruzado. Era me pegarem e eu estava frito”, conta. Para o profissional, isso foi mexer com o desconhecido e a tensão que viveu hoje se converte na alegria de poder estar presente para contar a história.

Todos estes desafios não poderiam render nada menos que prêmios. Além daqueles simbólicos, como publicações em jornais nacionais como a Folha de São Paulo, Estadão, com exclusividade, O Dia e do MS, Fazan venceu seis edições de prêmios de fotografia local e uma do prêmio Julio Marques de Almeida.

Para chegar a este ponto, dá o conselho: “Temos que estudar o assunto. Se dedicar. Temos que mostrar reverencia a quem sabe mais e perguntar. Escutar. Além, é claro, de ter muita humildade”, diz.

Para Hédio Fazan, fotografia fala mais que mil palavras, no entanto, se não houver diferencial, se não pensar no que esta fazendo, ninguém entende. “É dedicação ao máximo e falar através da imagem sobre o que tem acontecido”, encerra.

Para vencer desafios a cada dia, o profissional ressalta a vontade de trabalhar (Foto: Arquivo Pessoal)

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