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sábado, 27 de abril de 2024

Prefeitura de Dourados abastece cisternas da aldeia Bororó

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27/10/2014 07h11 – Atualizado em 27/10/2014 07h11

Embora seja responsabilidade do governo federal, prefeito Murilo se comprometeu enviar água à aldeia

Flávio Verão

Como forma de amenizar a crise da água que assola há anos a comunidade indígena da aldeia Bororó, a Prefeitura de Dourados passará a dar assistência com o envio de caminhão pipa para abastecer as cisternas que distribuem água para milhares de residências. Na manhã de sexta-feira foi o primeiro dia de abastecimento.

Por determinação do prefeito Murilo Zauith (PSB), o caminhão pipa irá até a aldeia quando os reservatórios começarem a esvaziar. Ele encarregou o vereador indígena Aguilera de Souza (PSDC) para acompanhar o trabalho de perto, de forma que não falte água na comunidade. “Embora não seja responsabilidade da administração municipal, o prefeito quer amenizar essa crise de água”, diz Aguilera.

O problema é que a água não chega a todas as residências da aldeia. O serviço de distribuição de água foi mal feito e muitas casas estão a cem, trezentos e até quase meio quilômetro de distância do encanamento que passa pelas principais ruas da aldeia. Sem força, a água não percorre os canos a ponto de chegar na caixa d’água de famílias. Muitas delas nunca viram um pingo d’água.

Através da Coordenadoria Especial de Assuntos Indígenas, vinculado à Prefeitura, a qual Aguilera representa, está sendo feito uma força-tarefa na tentativa de buscar soluções para resolver o impasse da falta d’água.

A Reserva Indígena é de responsabilidade do governo federal e o abastecimento de água da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), órgão também vinculado ao governo federal.
Segundo Aguilera, reuniões estão sendo mantidas de forma que se crie um projeto que envolva as esferas municipal, estadual e federal para resolver a falta d’água. “Eu penso que deveria ter um poço artesiano para cada grupo de 300 famílias. Essa é a proposta que a coordenadoria indígena defende”, explica o vereador. Moram na reserva de Dourados cerca de 14 mil indígenas.

Na aldeia bororó há quatro reservatórios de água. Aguilera estima que eles secam uma semana após abastecidos e a Sesai os reabastecem a cada duas semanas ou mais. “Querem culpar o índio pela falta d’água, que há desperdício, mas essa água é utilizada tanto para o consumo humano quanto para os animais”, diz Aguilera.

A reportagem acompanhou de perto a distribuição de água e constatou que entre o reservatório e as residência há muito desperdício. Canos quebrados minam água da terra, facilitando o reservatório secar.

Foto: Hedio Fazan Prefeitura começou a abastecer cisternas da aldeia quando a obrigação é da Sesai

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