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sexta-feira, 26 de abril de 2024

Revolta do porco espinho: 3º cão ferido em uma semana, desta vem em Dourados

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23/08/2012 18h05 – Atualizado em 23/08/2012 18h05

Dourados Agora, com assessoria Unigran

Uma série de eventos vem perturbando o sono dos cães do estado. O primeiro caso foi em Coxim, no início da semana. 24 horas depois, o segundo, em Campo Grande. Agora, o fenômeno chegou a Dourados. O terceiro embate entre um cachorro e um porco-espinho aconteceu na madrugada desta quinta-feira, em um sítio no distrito de Indápolis, em Dourados.

A vítima dessa vez foi Bobi, um cachorro já adulto que tem o hábito de caçar nas redondezas da propriedade onde mora, enquanto os donos estão dormindo. Nem toda a experiência de caça, porém, foi suficiente quando Bobi encontrou o porco-espinho que o atacou. O resultado não podia ser diferente, mais de 1000 espinhos foram retirados do cão, em um procedimento que durou quase toda a manhã.

O dono ainda tentou socorrer o animal de estimação, mas devido à grande dor, não teve jeito, Bobi só permitiu que os espinhos fossem retirados depois de sedado. Só então, Dheywid Karlos Mattos, o veterinário que o atendeu, conseguiu retirar os espinhos, que estavam espalhados por toda a cara e até dentro da boca do cão.

“O maior cuidado é evitar que o espinho se quebre e fique preso dentro do corpo do animal, gerando uma inflamação depois”, explica Dheywid. Depois de retirados todos os espinhos, o veterinário aplicou anti-inflamatórios e antibióticos para evitar futuras infecções.

Fabiana Rangel é médica veterinária do Hospital Veterinário da Unigran, onde Bobi foi atendido, e explica que a maior preocupação é impedir que os machucados infeccionem. “Sempre na hora da retirada existe o risco de ficar um pedaço do espinho, especialmente na boca. Se isso acontecer, pode ocorrer a miíase, a famosa bicheira, ou mesmo uma infecção grave”, explica a veterinária. Por isso, Bobi ainda vai ser acompanhado pelo Hospital, até que fique novo em folha.

Na hora do susto

Esse não é o primeiro caso atendido no Hospital Veterinário. Dheywid Mattos conta que um cachorro com ferimentos semelhantes já foi atendido e, assim como dessa vez, o dono tentou socorrer o animal antes de procurar um médico veterinário. E, na maioria das vezes, isso acaba sendo uma má ideia.

“Como a retirada dos espinhos provoca dor e a maioria dos cães que vem pra cá são cães de grande porte, o cachorro tenta morder o proprietário, ele não consegue retirar e só então trás pra cá. Aí o animal chega com dor, chega bravo”, conta o veterinário.

Por isso, o conselho é não tentar ajudar o animal e procurar um veterinário imediatamente. “Na maioria das vezes, quando o proprietário tenta retirar e o animal não deixa, acaba quebrando o espinho dentro da pele ou da língua, o que dificulta a remoção e causa outros problemas depois”, explica Dheywid.

Mais de mil espinhos foram retirados em um processo que durou toda a manhã (Fotos: Divulgação/Unigran)

Animal foi sedado para a retirada dos espinhos

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