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quinta-feira, 25 de abril de 2024

Tênis de mesa é ouro e prata nas disputas por equipe no Pan

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22/07/2015 07h08 – Atualizado em 22/07/2015 07h08

Presente nas duas finais por equipes nos Jogos Pan-Americanos, o tênis de mesa brasileiro fez história em Toronto nesta terça-feira (21.07). No masculino, Gustavo Tsuboi, Hugo Calderano e Thiago Monteiro atropelaram o Paraguai e garantiram o heptacampeonato por equipes na competição. Derrotada pelos Estados Unidos, a equipe feminina formada por Lin Gui, Caroline Kumahara e Ligia Silva conquistou a prata, melhor resultado já alcançado entre as mulheres brasileiras em Pan-Americanos.

Até hoje, os bronzes conquistados, também por equipes, em Havana 1991 e Winnipeg 1999 eram os melhores resultados do tênis de mesa feminino em Jogos Pan-Americanos. O técnico da seleção, Hugo Hoyama, valorizou bastante a conquista inédita. “A gente veio com este pensamento de subir ao pódio. Imaginávamos que, chegando na final, enfrentaríamos os Estados Unidos. Tivemos chances, apesar do resultado, foram três jogos parelhos. Mas foi legal, uma nova história foi escrita para o tênis de mesa feminino do Brasil. Agora é trabalhar e batalhar para que isso melhore cada vez mais”, afirmou.

Apesar de felizes com o feito histórico, as mesatenistas brasileiras lamentaram a perda do ouro. Emocionada, Lin Gui não escondeu sua decepção. “Está tudo misturado. Ficamos alegres de poder disputar uma final, mas todo mundo está lá querendo o ouro. Faltou pouco em alguns finais de set e não conseguimos levar a vitória”, disse.

Também visivelmente chateada, Carol Kumahara buscou enxergar o lado positivo da decisão. “Por um lado eu estou muito feliz de ter feito história, a gente sabe que é um feito inédito que o tênis de mesa feminino vinha buscando há muito tempo. Estava sendo muito difícil e a gente sempre teve que lidar com isso. É uma coisa que vai acrescentar muito para a gente e para o nome do tênis de mesa feminino. Ao mesmo tempo, ainda estou muito triste, a gente teve chances e mostrou que pode enfrentá-las de igual para igual, mas acabamos perdendo no detalhe”, lamentou.

Medalhista de bronze no Pan de Winnipeg, Lígia Silva destacou a importância do apoio do Ministério do Esporte na preparação da equipe. “É um conjunto, a gente trabalha com o governo federal e a confederação. Eles acreditam muito na gente, tanto no feminino quanto no masculino. É fundamental para darmos continuidade no trabalho, a gente não tem do que reclamar. Isso nos dá a oportunidade de permanecer focados, é muito importante. O trabalho que eles fazem em paralelo com a gente é de extrema importância”, ressaltou.

Masculino

Campeã nos Pan-Americanos de 1983, 1987, 1991, 1995, 2007 e 2011, a equipe masculina garantiu o heptacampeonato em Toronto com uma campanha perfeita: 15 vitórias em 15 jogos. Com o ouro, Thiago Monteiro e Gustavo Tsuboi se tornam tricampeões, enquanto Hugo Calderano fatura sua primeira medalha.

Um dos mais experientes jogadores da seleção, aos 30 anos, Thiago Monteiro comemorou a oportunidade de fazer parte do grupo campeão. “Consegui a vaga nos últimos momentos. O Hugo e o Tsuboi já estavam meio garantidos na seleção e a concorrência hoje no Brasil está muito difícil. Então, já foi uma vitória para mim estar neste Pan. Também tínhamos muita responsabilidade por fazer parte dos favoritos, então a melhor maneira de honrar a minha convocação era jogando bem e representando bem o Brasil”, afirmou.

Estreante nos Jogos, Hugo Calderano lembrou da responsabilidade de entrar na competição como um dos times favoritos ao título. “Nosso objetivo era ganhar o ouro. Mas com certeza tivemos muitos adversários difíceis. A gente não pode se deixar levar pela pressão”, disse o mesatenista de apenas 19 anos.

Para Gustavo Tsuboi, o Brasil tornou a vitória mais tranquila ao conseguir impor o seu estilo de jogo. “A gente sabia do nosso potencial. A equipe evoluiu bastante, estava bem preparada e muito focada para repetir esse feito e ganhar o ouro”, lembrou.

A partir desta quarta-feira (22) os mesatenistas da seleção entram em ação nas disputas preliminares da chave individual do torneio. Caso avancem às finais, os brasileiros voltam a disputar medalhas nesta quinta-feira (25).

As finais

Com vitórias sobre Peru, Cuba, Colômbia e Canadá nas fases preliminares, as brasileiras garantiram o direito de enfrentar os Estados Unidos na decisão.

Em partida muito dura, o Brasil abriu a série com derrota. Lin Gui chegou a vencer o primeiro set, mas levou a virada e acabou derrotada por Jiaqi Zheng, em parciais de 7/11, 11/9, 11/6 e 11/8. Coube a Caroline Kumahara voltar à mesa e tentar recolocar a seleção na disputa. Em jogo muito equilibrado, no entanto, Lily Zhang ampliou o placar em favor das americanas. Em batalha de cinco sets, Zhang salvou um match point e venceu Carol por 3 x 2, parciais de 11/3, 7/11, 11/4, 5/11 e 12/10. Nas duplas, Ligia Silva e Lin Gui não conseguiram evitar a vitória norte-americana. Melhores durante toda o jogo, Yue Wu e Jiaqi Zheng bateram as brasileiras por 3 x 0, parciais de 12/10, 11/6 e 11/8, e garantiram o ouro.

A equipe masculina, que nas fases anteriores havia vencido Equador, Estados Unidos, Chile e Canadá, encarou o Paraguai na final. Sem dificuldades, o trio brasileiro venceu todos os jogos e faturou o ouro.

No primeiro jogo da decisão, Hugo Calderano precisou de apenas 18 minutos para derrotar Alejandro Toranzos, com parciais de 11/6, 11/4 e 11/6. Thiago Monteiro também matou sua partida em pouco tempo, fechando o duelo contra Marcelo Aguirre em 21 minutos, com parciais de 12/10, 11/7, e 11/4. No último embate, a dupla formada por Gustavo Tsuboi e Hugo Calderano venceu Axel Gavilán e Marcelo Aguirre, novamente por 3 x 0, parciais de 13/11, 12/10 e 11/5, e garantiu o ouro incontestável para o Brasil. . (Pedro Ramos, de Toronto – Brasil 2016)

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