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sexta-feira, 26 de abril de 2024

Funcionários dos Correios entram em greve por tempo indeterminado

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Funcionários dos Correios entram em greve por tempo indeterminado e suspendem entregas de cartas e encomendas

27/04/2017 06h48 – Por: Elvio Lopes

Os trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (Correios) decidiram, em assembleia realizada no início da noite de terça-feira, pela paralisação por tempo indeterminado das atividades em todas as agências do Estado desde o turno das 22h de ontem. Portanto, a partir de hoje serão interrompidas as entregas de correspondências e as atividades no Estado, segundo a presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Correios de Mato Grosso do Sul (Sintect/MS).

Ela explicou que, além das questões das reformas da Previdência e Trabalhista, que afetam os trabalhadores dos Correios que são concursados, porém, regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), existem as demandas próprias, que levaram a categoria a aprovar a greve nacional e sem data para terminar.

Além dessas questões, os sindicatos dos trabalhadores em todo o País estão mobilizados contra a tentativa de privatização dos Correios, em que o governo vem arquitetando um plano deliberado de desmonte, sucateamento e desmoralização da empresa perante a opinião pública para justificar sua “entrega” à iniciativa privada.

Os sindicalistas afirmam que o governo de Michel Temer (PMDB) está desmontando a rede de agências próprias da ECT para favorecer as franqueadas e um dos exemplos esta em Mato Grosso do Sul, onde recentemente foram fechadas três agências, prejudicando a população. A determinação do governo é de fechar 250 agências em todo o País.

Elaine Cristina também destaca que a falta de concurso público e conseqüente redução de pessoal tem provocado atrasos na entrega de correspondências e encomendas, de uma empresa que já foi considerada uma das melhores do País. “O governo também suspendeu as férias de todos os trabalhadores até maio de 2018, promoveu demissões pelo Plano de Demissão Incentivada (PDI), diminui o efetivo e joga a sobrecarga do trabalho em quem permanece na empresa”, afirma a sindicalista.

Para a presidente do Sintect/MS, como se já não bastasse a situação precária, a diminuição do efetivo tem provocado a falta de pessoal na distribuição e no atendimento, comprometendo a imagem da empresa. “Isso é premeditado, demitir e sucatear faz parte do processo de privatização”, afirmou Elaine, denunciando que os Correios pretendem chegar à demissão de até 20 mil trabalhadores.

“Como somos concursados, embora regidos pela CLT, para ocorrer alguma demissão tem que existir um motivo muito sério para isso e o devido processo legal, com amplo direito de defesa e a direção da ECT quer passar por cima disso, jogando a culpa na crise financeira e se não existe lucro, a culpa é da má gestão da cúpula ou na corrupção e isso é uma afronta aos trabalhadores, um desrespeito total e cuja decisão afeta o público também”, ressalta Elaine Cristina.

Sobre o prejuízo aos usuários dos Correios, Elaine explica que a direção quer implantar o projeto Distribuição Domiciliar Alternada (DDA), em que a entrega de correspondências e encomendas seriam realizadas de forma alternada, um dia sim, e outro não, significando atraso no atendimento aos usuários. “Se esse projeto for implantado vai atingir principalmente os municípios do interior, que não terão mais entrega diária, mas duas ou três vezes na semana”, alerta a presidente.

Trabalhadores dos Correios durante paralisação em frente à unidade de carga na Capital no mês passado

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