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Suposto estupro foi em praça e aluna pode ser indiciada ao mentir

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Suposto estupro ocorreu em praça e estudante pode ser indiciada ao mentir

Por: Flávio Verão – 05/05/2016 17h05

Chegou ao fim o inquérito de investigação sobre o caso da estudante de 25 anos da UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul) que teria sido estuprada no dia 4 de abril, nas imediações da biblioteca da instituição sob a ameaça de duas facas. Segundo a delegada Paula dos Santos Oruê, titular da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), houve consentimento da estudante sobre a prática sexual, que ocorreu na biblioteca desativada localizada na praça do terminal de transbordo e com outro homem, não o apontado pela aluna em depoimento.

O acusado de ser o estuprador, um homem de 36 anos, reeducando do semiaberto, com quem a jovem manteve curta relação em 2014, chegou a ser detido, porém liberado por falta de provas. O caso foi esclarecido na tarde desta quinta-feira (05) pela delegada ao reunir a imprensa e os reitores da UEMS e da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados).

“Não houve crime e temos que esclarecer à imprensa porque o caso ganhou repercussão nacional”, disse a delegada. Ela informou que no dia do suposto crime iniciou-se às investigações e diligencias para encontrar o então acusado de cometer o estupro. O homem foi conduzido à delegacia e indicou colegas de trabalho (prestadores de serviço da prefeitura) para informar que no dia do crime ele estaria de serviço.

“Para a infelicidade dele os colegas informaram que entre alguns horários não tinham visto o então acusado no local. Ficamos com essa dúvida porque a palavra da suposta vítima era forte”, disse a delegada.

Como a estudante informou em depoimento que na universidade haveria vestígio de sangue que comprovasse a violência, equipe de perícia foi ao local e com o auxílio das universidades (ambas dividem mesmo espaço na chamada Cidade Universitária) não foi encontrado vestígios de crime que tivesse ocorrido da forma narrada pela aluna. Isso deu forte indicio para a polícia suspeitar que o crime não ocorreu no local.

As investigações continuaram e inúmeras pessoas foram ouvidas e chegaram a uma testemunha fundamental, segundo a delegada, apontada pela estudante. Com apoio das universidades a polícia chegou até uma outra acadêmica que narrou o ocorrido. “Pela narrativa pudemos perceber que não se tratava de uma vitima com crime tão grave como estupro”, disse à imprensa a delegada.

Ainda de acordo com ela, os pais da suposta vítima procuraram a delegacia dias depois relatando mudança de versão feita pela filha. A jovem confessou aos pais que teria invetado a história, pois estaria com muita vergonha e que manteve relação com outro homem.

Com essa informação foram feitas novas entrevistas com a estudante. Ela mencionou nome de um rapaz, porém, segundo a delegada, mantinha a versão de estupro. O laudo pericial não constatou marca de violência.

“Houve marca de sangue na roupa porque era a primeira vez da estudante. Ela narra ter sentido dor, que não veio de violência e sim pelo fato ser a primeira relação sexual. Ainda assim dizia ter sido estuprada”, detalhou a delegada Paula.

Como a estudante decidiu citar o nome do homem com quem manteve relação sexual, a polícia foi em busca do rapaz. Ele narrou à delegada como tudo aconteceu. “Disse que o ato ocorreu no transbordo, mais precisamente na biblioteca desativada. Relatou ainda ter se arrependido e contado à esposa dele, que foi intimada e narrou da mesma forma. Chamamos de novo a estudante e ela admitiu que houve consentimento e ainda afirmou manter contato com o rapaz”, disse a delegada em coletiva.

Toda a história foi invetada, segundo a delegada, porque a estudante de 25 anos temia que a família descobrisse a perda da virgindade, pois naquele dia ela deveria estar se deslocando à universidade e não a outro local.

Por ter mentido, a delegado disse ainda que a estudante poderá ser indiciada por denunciação caluniosa e se pegar pena poderá cumprir de 2 a 8 anos de prisão.

Reitora da UFGD, Liane, delegada Paula, delegado Lupersio e reitor Fábio, da UEMS, durante coletiva à imprensaFoto: Cido Costa

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