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quinta-feira, 25 de abril de 2024

Ultrassonografia é usada para entender melhor características do tambaqui

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Embrapa Amazônia Ocidental – 24/01/2017 10h04

Um grupo de pesquisadores está usando a ultrassonografia veterinária para identificar características positivas que sirvam para o melhoramento genético do tambaqui (Colossoma macropomum).

A ideia é, futuramente, selecionar peixes com qualidades importantes para o mercado, como um tamanho superior de lombo ou um espaçamento maior entre as costelas, por exemplo, o que poderia resultar em mais carne por unidade.

A técnica permite que os especialistas obtenham todas as informações necessárias para o estudo sem ser preciso sacrificar o peixe. “Com o ultrassom é possível medir perfeitamente a área desejada.

Assim, podemos medir várias matrizes e ver se existe variabilidade na população de tambaquis. Se existir variabilidade nós podemos melhorar o peixe.

É claro que existem diferenças geradas pelo ambiente, pela nutrição, condições do tanque, mas a parte genética também tem uma parcela de contribuição nessas diferenças e é isso que estamos descobrindo”, destacou Caio Augusto Perazza, doutorando pela Universidade de Mogi das Cruzes.

Conforme Perazza, a ultrassonografia em peixes é ainda pouco usada. “Existe algum uso com salmão, com carpa, mas para a parte reprodutiva.

Para esse tipo de uso é totalmente recente. O fim de todas essas pesquisas é melhorar o peixe e toda a cadeia produtiva do tambaqui”, explicou.

Segundo a pesquisadora Alzira Miranda de Oliveira, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, instituição que coordena o projeto, o conhecimento do tambaqui pela ultrassonografia é parte do projeto intitulado Pró-Amazônia – Subsídios para melhoramento genético do tambaqui. “Esse projeto prevê duas ações: a genética populacional e os subsídios para melhoramento genético.

Nós estamos tentando conhecer melhor toda a genética do animal e também verificar quais as características morfológicas do tambaqui em diferentes regiões do Brasil, dentre outros aspectos” explicou.

“O projeto é importante para o avanço do conhecimento básico sobre o peixe, mas principalmente para a produção animal, vislumbrando o aumento da área do lombo, a distância entre costelas, o que significa maior rendimento de carne”, concluiu Alzira.

Curso

Dentro das atividades do projeto, aconteceu na quarta-feira, 18 de janeiro, o curso prático de ultrassonografia de peixes, na Embrapa Amazônia Ocidental (Manaus), com o uso dos tambaquis reprodutores da Unidade. Participaram da atividade alunos de pós-graduação do Inpa e Universidade Nilton Lins, que desenvolvem atividades no âmbito do projeto.

Técnica ajuda no avanço do conhecimento sobre o tambaqui - Foto: Felipe Rosa

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