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sexta-feira, 26 de abril de 2024

Barbosinha quer CPI para investigar fim da malha ferroviária do MS

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22/05/2015 07h59 – Atualizado em 22/05/2015 07h59

Barbosinha quer criar CPI para investigar fim da malha ferroviária do MS

A desativação da malha ferroviária de Mato Grosso do Sul pela Concessionária América Latina Logística levou o deputado estadual Barbosinha (PSB) a utilizar a tribuna da Assembleia Legislativa nesta quinta-feira (21), para sugerir a instauração de um Inquérito Civil Público por meio da Procuradoria da República, ou até mesmo a formação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) pela Casa de Leis. O objetivo será acompanhar e investigar a situação de inoperância dos ramais ferroviários federais que atravessam o Estado.

Na oportunidade, o deputado Barbosinha relatou a história da malha ferroviária que um dia transportou mais de 70% da carga produzida no Estado, e que hoje não chega a 20%. “A rede ferroviária chegou a emitir em Mato Grosso do Sul 1.800 passagens, tendo como destinos o Pantanal e a cidade de São Paulo. Já teve mais de quatro mil ferroviários e hoje não chega a 500”.

Na primeira semana do mês de maio, a ALL-Rumo informou sobre a suspensão do tráfego de trens entre as cidades de Três Lagoas e Agente Inocêncio, um trecho de 700 quilômetros de malha ferroviária. A empresa já havia abandonado um trecho de 302 quilômetros entre Campo Grande e Ponta Porã, totalizando até agora 1.002 quilômetros de malhas desativadas, e demitindo em torno de 100 ferroviários.

A empresa também determinou a suspensão do transporte de combustível para o Estado de Mato Grosso do Sul, através da malha de bitola estreita entre Paulínia/SP e Campo Grande/MS, o que implicará em mais caminhões nas estradas transportando produtos perigosos e funcionários demitidos.

Segundo o diretor do Sindicato dos Trabalhadores de Empresas Ferroviárias de Bauru e Mato Grosso do Sul, Evanildo da Silva, que utilizou a tribuna da Assembleia para relatar a situação da malha ferroviária do Estado, os transtornos causados pela ALL-Rumo ferem as causas trabalhistas e comprometem o escoamento da produção estadual. “Contratos com empresas de derivados de petróleo e de produtos siderúrgicos estão sendo rompidos e tudo está sendo paralisado sem qualquer explicação”, afirmou o diretor.

A crise no setor, conforme o representante, se intensificou após a fusão da Rumo Logística com a América Latina Logística (ALL), aprovada pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) em novembro de 2014. Em todo o Brasil, a empresa prevê investimentos de quase R$ 8 bilhões.

Para o deputado Barbosinha a ALL-Rumo assumiu as ferrovias brasileiras com a justificativa de fazer amplos investimentos. “No momento em que nós deveríamos estar analisando o fortalecimento das nossas ferrovias, nós estamos assistindo a morte silenciosa. Por isso, é importante que tenhamos compreensão de quais foram os compromissos assumidos pela concessionária, porque se hoje o transporte ferroviário não é do ponto de vista econômico financeiro rentável, foi porque não houve os investimentos necessários para aumentar a quantidade de vagões, linhas, eficiência e celeridade”, enfatizou o deputado.

Barbosinha ainda frisou que a Assembleia Legislativa está atenta, não apenas pelo desemprego, mais também pelo desenvolvimento de Mato Grosso do Sul. “Não podemos deixar escapar a oportunidade do Estado estar ligado à rota bioceânica, para que possamos escoar a nossa produção. Acredito que, não existe um caminho mais econômico que não seja pela malha ferroviária”, finalizou o parlamentar.

Barbosinha quer CPI para investigar fim da malha ferroviária do MS

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