10/02/2014 08h43 – Atualizado em 10/02/2014 08h43
Willams Araújo
A desejada aliança articulada entre o senador Delcídio do Amaral (PT) e o deputado federal Reinaldo Azambuja (PSDB) está na iminência de ser desautorizada oficialmente, isso porque a executiva nacional do PSDB deve aprovar, nesta terça-feira, resolução que dará à cúpula do partido a palavra final sobre as coligações nos estados.
O presidente da sigla, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) convocou a reunião para evitar que acordos regionais prejudiquem alianças em torno de sua candidatura ao Palácio do Planalto, segundo reportagem divulgada pela agência de notícias Folhapress.
De acordo com a notícia, há um acordo para aprovar uma resolução que, na prática, determina que toda coligação firmada nos estados terá que ser aprovada pela executiva nacional do PSDB. Do contrário, não poderá ser concretizada.
O objetivo de Aécio é centralizar as decisões para impedir coligações não desejadas ao PSDB.
Um exemplo é Mato Grosso do Sul, onde Delcídio Amaral negocia com o PSDB vaga do Senado em sua chapa para o governo do Estado, o que deixaria o senador tucano sem palanque no Estado.
O mesmo problema Aécio enfrenta no Pará. O atual governador, Simão Jatene (PSDB), pretende deixar o cargo sem disputar a reeleição. O vice governador, Helenilson Pontes (PSD), assumiria o cargo, abrindo palanque à presidente Dilma Rousseff no Estado.
O Pará é considerado um Estado estratégico para o PSDB porque, nas eleições passadas, o então candidato José Serra (PSDB-SP) obteve 37% dos votos na região Norte.
Outro problema é em Roraima, onde o vice-governador Chico Rodrigues (PSB) deve assumir o governo se o titular do cargo, Anchieta Júnior (PSDB), se desincompatibilizar para disputar as eleições de outubro. Rodrigues é aliado do governador Eduardo Campos (PSB) e pretende oferecer palanque ao correligionário.
“Isso é importante para o PSDB porque, em pleitos anteriores, os projetos locais se sobrepuseram ao nacional. Isso aconteceu no Paraná, por exemplo. Não queremos esse prejuízo agora”, disse o senador Álvaro Dias (PSDB-PR).
