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sexta-feira, 26 de abril de 2024

Veterinário discute técnicas para avaliação de sêmen bovino

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07/10/2015 12h27

Como medir o grau de fertilidade de determinados touros e partidas? Essa é a pergunta que José Roberto Potiens, médico veterinário, busca responder por meio da pesquisa.

Na palestra que ministrou durante o primeiro Simpósio Repronutri de reprodução, nutrição e produção animal, Roberto falou sobre análises avançadas na qualidade de sêmen e suas relações com fertilidade em inseminação artificial em tempo fixo (IATF) – ou seja, de que formas é possível avaliar o sêmen bovino para determinar o quão fértil ele é.

“Sobre o nível de informação de fertilidade do sêmen, em relação aos percentuais de gestação que cada partida promove, as análises rotineiras ainda deixam a desejar. A gente precisa agregar mais informações, mais confiabilidade”, afirma o veterinário.

Para isso, Roberto abordou a utilização de sistemas computacionais e equipamentos como forma de analisar o sêmen sem a influência da subjetividade presente nas avaliações humanas.

“Eu posso citar a análise computadorizada com o sistema CASA, que avalia fatores como o tipo de movimentação do espermatozoide, as diferentes velocidades que ele pode atingir, o padrão de deslocamento de cabeça. A velocidade, por exemplo, é medida em micrômetros de segundo.

É diferente de você olhar a velocidade pelo microscópio e dizer se o sêmen está bom, está médio ou está ruim. É muito mais preciso”, diz.

Outro equipamento mencionado por Roberto é o citômetro de fluxo, que analisa a ultra estrutura do espermatozoide.

“Vou citar, por exemplo, dois parâmetros importantes para a fertilidade: a integridade da membrana plasmática e o potencial das mitocôndrias – as usinas de energia que fazem a movimentação da cauda do espermatozoide.

Um conhecimento mais preciso dessas estruturas, que é o que o citômetro dá, ultrapassa a subjetividade da nossa análise visual”.

A avaliação desses parâmetros é o que pode determinar o potencial reprodutivo de um animal, diz Roberto. “Chegar em um número percentual de espermatozoides com membranas íntegras, por exemplo, pode significar para nós o ganho de alguns pontos percentuais na fertilidade”, afirma.

“A questão da velocidade também. Será que uma velocidade muito alta do espermatozoide é interessante? É tão interessante quando parece para a IATF? É esse o tipo de questão que a gente procura responder”.

Ainda de acordo com Roberto, os dados obtidos pela pesquisa ainda estão em tratamento estatístico, mas devem gerar resultados que determinem, por exemplo, as notas de corte das avaliações.

“Um agricultor compra uma semente com certo percentual de germinação já conhecido. O futuro aponta para a profissionalização da nossa atividade.

Uma das coisas que as centrais vão ter que oferecer para o comprador desse sêmen é o potencial fertilizante de cada partida”, diz. “Assim, a gente pode dizer para o criador em que touro investir”.(Embrapa)

Divulgação Seleon Biotecnologia - Uso de equipamentos e computadores aumenta a precisão das análises

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