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sexta-feira, 26 de abril de 2024

Inovação global avança de forma desigual

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Inovação global avança de forma desigual, afirma novo relatório da ONU

23/09/2021 14h09 – Por ONU

“Há razões para ser otimista com os governos”, avaliou um pesquisador da Organização Mundial de Propriedade Intelectual (OMPI) diante das conclusões do último Índice Global de Inovação (IGI).

O relatório mostra que, apesar da devastação econômica causada pela pandemia de COVID-19, o setor de tecnologia continuou a prosperar no ano passado.

A OMPI advertiu, entretanto, que o impacto da crise foi altamente desigual entre as indústrias e países.

Apenas algumas economias, principalmente de alta renda, dominam consistentemente as classificações.

O Índice classifica 132 países, além de sub-economias, como Hong Kong, e é lançado um ano depois que a OMPI informou que os investimentos em inovação atingiram um recorde em 2019, mostrando um lucro médio anual de 8,5%.

Apesar da devastação econômica causada pela pandemia de COVID-19, o novo setor de tecnologia continuou a prosperar no ano passado, avaliou a agência de propriedade intelectual das Nações Unidas em um novo relatório publicado na segunda-feira (20).

De acordo com as conclusões do último Índice Global de Inovação (IGI) da Organização Mundial de Propriedade Intelectual (OMPI), governos e empresas em muitas partes do mundo aumentaram os investimentos em inovação, demonstrando um reconhecimento de que novas ideias são essenciais para superar a pandemia.

“Esperávamos uma queda severa em 2020 de cerca de 3%, no entanto, o IGI mostra que há razões para ser otimista com os governos mostrando perspectiva e não cortando gastos”, disse o pesquisador do indicador da OMPI e co-editor do IGI, Sacha Wunsch-Vincent, no lançamento do relatório em Genebra.

Impacto desigual – A OMPI advertiu, entretanto, que o impacto da crise foi altamente desigual entre as indústrias e países. Em sua classificação anual das economias mundiais em capacidade de inovação e produção, o IGI mostrou que apenas algumas economias, principalmente de alta renda, dominam consistentemente as classificações.

No entanto, a República da Coreia se juntou à Suíça, Suécia, Estados Unidos e Grã-Bretanha para formar os 5 primeiros lugares do IGI pela primeira vez em 2021, enquanto 4 outras economias asiáticas estão entre os 15 primeiros: Cingapura (8), China (12), Japão (13) e Hong Kong, China (14).

Economias de renda média selecionadas, incluindo Turquia, Vietnã, Índia e Filipinas, também estão recuperando o atraso.

Os progressos feitos no ano passado pela França (11) e pela China (12) são confirmados, já que ambas estão agora batendo à porta dos 10 primeiros colocados no IGI.

Mostrando resiliência

De acordo com um novo recurso do IGI — o Rastreador de Inovação Global — as indústrias de tecnologia, produtos farmacêuticos e biotecnologia aumentaram seus investimentos durante a pandemia, assim como os esforços de pesquisa e desenvolvimento (P&D).

As principais empresas de tecnologia, como Apple, Microsoft e Huawei, aumentaram o investimento em média cerca de 10% no ano passado, e o investimento de capital de risco aumentou, uma tendência que continua este ano, disse Wunsch-Vincent.

Em contraste, os setores de transporte e viagens foram fortemente atingidos por medidas de restrição e reduziram gastos. O IGI 2021 também mostra que o progresso tecnológico na fronteira é promissor, com o rápido desenvolvimento das vacinas contra COVID-19 sendo o maior exemplo.

“Apesar do impacto massivo da pandemia da COVID-19, muitos setores mostraram notável resiliência – especialmente aqueles que adotaram a digitalização, tecnologia e inovação”, disse o diretor geral da OMPI, Daren Tang.

“Enquanto o mundo busca se reconstruir da pandemia, sabemos que a inovação é essencial para superar os desafios comuns que enfrentamos e para construir um futuro melhor”.

Cenário de inovação global

O Índice classifica 132 países, além de sub-economias, como Hong Kong, e é lançado um ano depois que a OMPI informou que os investimentos em inovação atingiram um recorde em 2019, mostrando um lucro médio anual de 8,5%.

A América do Norte e a Europa continuam a liderar o cenário de inovação global, mas o Sudeste Asiático, o Leste Asiático e a Oceania foram os mais dinâmicos na última década e são as únicas regiões estreitando a distância com os líderes.

De acordo com o relatório, a China ainda é a única economia de renda média que chega aos 30 primeiros lugares. Bulgária (35), Malásia (36), Turquia (41), Tailândia (43), Vietnã (44), Federação Russa (45), Índia (46), Ucrânia (49) e Montenegro (50) estão entre os 50 primeiros.

No entanto, apenas a Turquia, o Vietnã, a Índia e as Filipinas estão sistematicamente se recuperando. Além da China, essas economias maiores têm o potencial de mudar o cenário global de inovação para sempre, disse.

“O IGI mostra que, embora as economias emergentes muitas vezes achem um desafio para melhorar de forma constante seus sistemas de inovação, algumas economias de renda média conseguiram alcançar a inovação de outros países mais desenvolvidos”, disse o ex-reitor e professor de Administração da Universidade de Cornell, Soumitra Dutta.

“Essas economias emergentes, entre outras coisas, foram capazes de complementar com sucesso sua inovação doméstica com transferência de tecnologia internacional, desenvolver serviços tecnologicamente dinâmicos que podem ser comercializados internacionalmente e, por fim, formaram sistemas de inovação mais equilibrados”, disse ele.

Legenda: Uma cientista pesquisadora na Geórgia trabalha em experimentos relacionados com a COVID-19Foto: © Tengo Giorbelidze/ADB

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