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quinta-feira, 25 de abril de 2024

Matador de travesti vai a julgamento

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João RochaO matador em série, de travestis, o douradense Paulo Sérgio de Oliveira, de 32 anos, conhecido como ‘Careca’, já condenado a 180 anos de prisão por dezenas de assassinatos praticados em Dourados e no Estado de São Paulo, irá a julgamento nesta próxima sexta-feira, às 13h no plenário do tribunal do Juri “Weimar Torres”.

Desta vez ele será julgado pela morte de Denílson Ivo da Silva e pela tentativa de homicídio cometida contra o manicure Francisco Martins de Souza, conhecido como ‘Valéria’. Se condenado poderá ter 60 anos acrescido na sua pena, chegando a 240 anos de prisão. O crime aconteceu no dia 20 de fevereiro de 1997, na esquina entre a rua Izidro Pedroso e a Avenida Marcelino Pires, em Dourados.

Fredney dos Santos Martins, outra testemunha do processo que irá a julgamento no dia 7 de dezembro, declarou que Careca dividia o seu tempo -entre São Paulo e Dourados, e que em território paulista já havia matado mais de 30 travestis, recebendo em pagamento R$ 100,00 por cada morte.

Depois de ser preso, no dia 19 de agosto de 1997, Paulo Sérgio declarou ao O Progresso que sempre transava como homossexuais, mas como ativo, que tinha perdido um amigo, que foi assassinado e queimado por um travesti.

Em depoimento, naquela época, Careca disse ainda que quando morou no Uruguai, por cerca de quatro meses, acabou se apaixonando por um travesti. Seu primeiro caso aconteceu quando era adolescente, aos 15 anos.

Ainda em entrevista ao O Progresso, Careca disse que sempre avisava os amigos de confiança quando ia matar alguém. Ele acreditava que nunca seria preso. “Só matei porcaria, gente que não serve para a sociedade, podem investigar”, disse o maníaco.

Em todas as suas entrevistas, Paulo Sérgio, disse que não se arrepende de nenhum assassinato contra travestis e se pudesse mataria novamente. Seu primeiro homicídio foi realizado quando tinha 17 anos, segundo depoimento à polícia, na época. Ele alegou que estava fazendo uma limpeza na cidade.

O matador em série é portador terminal do vírus da aids e até poderia ganhar a liberdade para tratamento médico. Seus julgamentos ganharam repercussão na mídia nacional. A defesa da vítima, que é feita pelo advogado criminalista Isaac de Barros Júnior, há vários anos tenta provar que o réu é doente mental (psicopata), por não ter refreamento moral e nem entendimento dos crimes que pratica.

Careca sempre confessou os crimes com frieza, algumas vezes dando risada diante do júri. No processo que irá responder ele disse ao depor “que a sua missão é matar homossexuais”. Algumas das testemunhas do processo, por medo do maníaco, tiveram que ser conduzidas para depor, mediante imposição da Justiça, por temerem o maníaco.

No último julgamento de Paulo Sérgio, travestis de Campo Grande e Dourados se reuniram em frente ao fórum com faixas com frases de repúdio. Muitos homossexuais assistiram à sessão no plenário, usando vestes femininas de cor preta.

A tarefa de acusação será da promotora de Justiça Fabrícia Barbosa de Lima, que virá de Caarapó para atuar no mutirão, que está sendo determinado pelo Tribunal de Justiça. O julgamento será presidido pelo juiz Celso Antônio Schuch Santos.

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