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sexta-feira, 26 de abril de 2024

Arte-educadora constrói releitura do jornal em artesanato sustentável

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Artesã constrói releitura do jornal em obras de arte

Arte-educadora a serviço da sustentabilidade dá novas formas ao noticiário através do artesanato

15/10/2018 06h32 – Por: Maria Lucia Tolouei

O jornal que forma leitores e incentiva o protagonismo, nas mãos de Anastácia Heck também vira obra de arte. A cartola-porta-jóias, os vasos estilizados, molduras, presépios e até um anjo iluminado são diferenciais desta artesã que não se cansa de criar.

A paranaense de Foz do Iguaçu, que chegou em Dourados em 1977 e trabalhou toda vida como cuidadora de idosos, já ensinou artesanato para muita gente. Mãe de quatro filhas e avó de 10 netos, ela também transita pelas letras.

O primeiro livro de uma série, “O Amor de um Gigante”, conta como as crianças de antigamente faziam os próprios brinquedos usando latinhas e madeiras, além de laranjas que viravam ‘vaquinhas’ e as abóboras eram as carroças com ‘cavalinhos’ feitos de raízes de mandioca.

Foi naquele tempo em que Anastácia começou a fazer flores, vestidos de bonecas, panelinhas modeladas com barro e massa de vidraça. “Tudo o que aparecia, a gente transformava em alguma coisa”, conta. A aptidão para transformar qualquer objeto em utilidade virou profissão.

Além dos livros e do artesanato, feitos com jornal, papelão e papel machê, Anastácia é exímia crocheteira, bordadeira, costureira e, também, pinta em tecido. O talento, forjado desde a infância, garante grande satisfação e ainda gera alguma renda. “Me sinto ótima, me sinto jovem”, diz a artista para quem o céu é o limite.

A artesã, que se define como “brinquedista” e já investiu muito na arte-educação junto às comunidades na periferia, não perde a esperança de incentivar a leitura, a produção de texto e resgatar o brincar. Além disso, mais do que arte, as obras de Anastácia são exemplos de vida sustentável. Afinal, nada se perde, tudo se transforma com a habilidade da artista que usa especialmente o jornal para dar o melhor sentido ao mundo da formas.

A oficineira faz a parte que lhe cabe, como cidadã consciente de que o mundo não pode mais suportar tantas riquezas desperdiçadas. Poupa a natureza, cria e recria formas a partir de materiais recicláveis, como o jornal, fonte de conhecimento e entretenimento.

O sonho dela é resgatar a infância das crianças que desde novas estão conectadas às redes sociais. “Elas não brincam mais”, observa. O livro, que Anastácia escreveu sobre o irmão mais velho, Antonio Heck (in memorian) faz parte da obra que conta a história do rapaz de coração muito grande, que o Papai Noel transformou no Gigante Antón (Antônio em dialeto alemão).

A temática ganhou importância na vida de Anastácia que cresceu num sítio onde, à época, não havia luz elétrica. “Como a gente vivia no ‘escuro’, o Natal era muito importante para nós porque havia luzes na enorme Araucária decorada, que família montava na sala”, conta a artista que, a partir deste mês, investe em decoração para o fim de ano.

Serviço

Anastacia Heck

email:[email protected]

Facebook: Anastacia Heck – fotos e álbuns

Telefone: (67) 99614-4080

Artesã e escritora Anastacia Heck ao lado do Anjo da Guarda Iluminado, durante recente  exposição no Parque dos Ipêsfoto - Maria Lucia Tolouei

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