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sábado, 27 de abril de 2024

Cesta Básica registrou mais um aumento considerável de preços em março

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05/04/2019 11h16

O valor da Cesta Básica do mês de Março/2019 comparado com o mês de Fevereiro/2019 apresentou um aumento considerável dos seus preços que foi de 7,06%, é o que constata a pesquisa realizada pelos acadêmicos do curso de Ciências Econômicas da Faculdade de Administração, Ciências Contábeis e Economia (FACE) da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD),que é realizadana última semana do mês de Março e primeira semana de Abril. Conforme mostra a pesquisa, desde Janeiro a Março, os preços da Cesta Básica tem acumulado um aumento de 14,86%, acreditamos que esse aumento se deve principalmente à intempérie climática, esperamos que a partir do mês de abril comece uma maior estabilização dos preços.

Os produtos que compõem a Cesta Básica conforme o DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) de acordo com a Lei Nº 399 que estabelece o salário mínimo são: (Açúcar, arroz, banana, batata, café, carne, farinha de trigo, feijão, leite, margarina, óleo de soja, pão-francês e tomate). Os preços da cesta básica de Fevereiro/2019 com estes produtos ficaram em R$ 406,25 o que significa 40,71% do Salário mínimo que foi de R$ 998,00. E no mês de Março/2019, o trabalhador douradense, teve que destinar uma quantia bem superior a isso para a compra dos produtos componentes da cesta básica que foi de 434,96 Reais,isso equivale a 43,58% do salário mínimo vigente para o país que é de 998,00 Reais.

Em nível nacional, no mês de Janeiro, São Paulo registrou o maior preço da cesta básica entre as capitais do país, foi de R$ 509,11e pelo terceiro mês seguido, já a capital fluminense, Rio de Janeiro, foi a segunda capital mais cara com R$ 496,33. E a terceira capital onde a cesta esteve mais elevada foi em Porto Alegre (Rio Grande do Sul) com 479,53 Reais. Estas mesmas capitais apresentaram a Cesta mais elevada no mês de Fevereiro deste ano.

Os menores preços no mês de Março foram verificados em São Luís (Maranhão),cujo preço da Cesta foi de R$ 395,58; quem registrou o segundo menor preço da Cesta Básica no país foi a capital sergipana, Aracajú, com 385,62 Reais e, com o menor preço da Cesta Básica no mesmo mês foi registrado na capital baiana, Salvador, com R$ 382,35 e pelo segundo mês seguido. Observamos que os menores preços foram praticados nas capitais da Região Nordeste do país. No mês de Março/2019, os preços da cesta básica aumentaram em todas as18 capitais estaduais do país, onde são realizadas a pesquisa, conformeverificamosno registrodo DIEESE.

Se comparado com a capital do Estado de Mato Grosso do Sul, Campo Grande, o preço da Cesta no mês de Março foi de R$ 447,50; portanto, maior que a de Dourados. Desta vez, a Cesta Básica douradense foi superior aos preços praticados em oito capitais estaduais brasileiras das dezoito que o DIESSE verifica; estas capitais foram: Goiânia, Belém, Recife, João Pessoa, Natal, São Luís do Maranhão,Aracajú e Salvador.

A partir da Constituição Federal de 1988 o trabalhador brasileiro deve trabalhar 220 horas mensais, com isso, no mês de Março/2019, um trabalhador douradense para pagar a cesta básica tinha de trabalhar 89 horas e 33 minutos. Já no mês de Março/2019, este mesmo trabalhador precisou de um tempo superior para comprar alimentos que foi de 95 horas e 53 minutos, isto representou uma perda do poder de compra do salário. Essa perda que consideramos considerável, ocorreu por causa do aumento dos preços da Cesta Básica em Dourados no mês de Março/2019.

Dos 13 produtos que compõem a Cesta Básica, 9 apresentaram um aumento de preços no mês de Março em Dourados. O produto que teve a maior elevação do mês foi o tomate com 42,63%, uma elevação muito acentuada e pelo segundo mês seguido; a banana com 29,81% também por dois meses consecutivos; o café com 9,96% de aumento.Os outros produtos que aumentaram de preços foram: oleite com uma elevação de 8,22%, açúcar com uma elevação de 4,53% do seu preço; a batata com 3,78%; arroz com 2,91%, ofeijão com 2,03% e com uma leve elevação fechou o mês de Março o pão-francês com 0,13% de aumento dos seus preços. Tanto a batata como feijão tiveram seus preços elevados pelo segundo mês seguido.

E os produtos que diminuíram de preços no mês de Março, foram: amanteiga com 6,94%; a farinha de trigo com 4,60% de queda dos seus preços; e com uma queda tênue dos preços temos a carne com 0,63% eo óleo de soja com 0,61% de queda. Mesmo com a forte elevação de preços tanto do tomate, e uma subida de preços, apesar de não ser tão acentuada tanto do feijão como da batata desde início do ano de 2019, os preços da Cesta Básica douradense não se elevou mais ainda porque o principal produto que compõe a Cesta, a Carne, teve uma pequena variação negativa dos seus preços tanto em fevereiro como em março.A carne representa 34% do total da Cesta Básica no município de Dourados.

E com o aumento dos preços dos produtos da Cesta Básica no mês de Março, enfatizamos ainda mais nossa sugestão aos consumidores douradenses de que vale a pena a pesquisa nos diversos supermercados. Apresentamos a diferença de preços entre o supermercado que praticou o preço mais elevado que chegou a R$ 463,72 e o menor com 395,67 Reais com os mesmos produtos; isto representa uma diferença de R$ 68,05, ou seja, 17,20% menor, um ganho que consideramos compensa o sacrifício de percorrer vários estabelecimentos. Outra sugestão que fazemos é a de verificar também os levantamentos realizados pelo PROCON do nosso município, porque o método adotado por esta instituição é a de comparar os preços praticados por cada estabelecimento e dar a publicidade esta pesquisa identificando cada Supermercado com os respectivos produtos.

Conforme o DIEESE, e levando em consideração a determinação da Constituição Nacional que estabelece o valor do salário mínimo deve ser suficiente para cobrir as despesas do trabalhador brasileiro e de sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o DIEESE estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário. Dessa maneira, em Fevereiro de 2019, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria equivaler a R$ 4.052,65, isso significa 4,06 vezes mais do que o mínimo vigente que foi de R$ 998,00. E em Março/2019, o salário mínimo necessário estava em 4.277,04 isto representa 4,29 vezes do salário praticado naquele mês. Assim, no mês de Março/2019, o trabalhador brasileiro teve uma perda se comparado com o mês de Fevereiro/2019. Da mesma forma, o trabalhador douradense também registrou uma perda do poder de compra do seu salário no mesmo período mencionado.

Mais informações: Curso de Ciências Econômicas da Faculdade de Administração, Ciências Contábeis e Economia com o Prof. Enrique Duarte Romero

Fone: 99995-7342

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