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sexta-feira, 26 de abril de 2024

Délia diz que o principal desafio do próximo prefeito será a saúde

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Responsável por atender toda a região sul do Estado, o município tem encontrado dificuldades no setor. Funsaud tem dívida de R$ 20 milhões

13/10/2020 09h44 – Por: Flávio Verão

A saúde pública é um problema em todo o país e em Dourados não é diferente. Após quase quatro anos à frente da prefeitura, Délia Razuk (sem partido) entregará um mandato marcado por crises. Apesar dos problemas, ela afirma que deixará a administração com sentimento de “dever cumprido”. Questionada por meio de sua assessoria qual será o principal desafio do próximo prefeito, a resposta foi: saúde.

Com 225 mil habitantes, Dourados é responsável por atender uma população de outros 34 municípios de toda a região sul do Estado, além do Paraguai, perfazendo uma população de mais de 800 mil pessoas.

A cidade conta apenas com um hospital de portas abertas, o Hospital da Vida, que há muitos anos enfrenta superlotação e carece de espaço adequado para receber os pacientes, além de condições necessárias para os profissionais que lá trabalham. O problema só será amenizado após a construção do Hospital Regional, que está sendo erguido às margens da BR-463, saída para Ponta Porã.

Funsaud

Mergulhada em crise financeira e com dívidas que passam de R$ 20 milhões, a Funsaud (Fundação de Saúde) será outro desafio do próximo gestor. Criada em 2014 para gerenciar o Hospital da Vida e a UPA 24 horas, a entidade se afundou em dívidas e precisou passar por intervenção da própria prefeitura, a quem é subordinada. No final do mês passado, após um ano e dois meses, a intervenção se encerrou e o relatório de análise da auditoria ainda está sendo analisado pela administração municipal. É somente após avaliação das informações que a prefeitura poderá realizar um novo contrato de gestão com a Funsaud.

Falta de insumos

Outro grande gargalo de Dourados é a falta de materiais de trabalho (insumos) e de medicamentos para o Hospital da Vida, UPA e postos de saúde. Nem mesmo neste período da pandemia, com a vinda de recursos federais, o problema se amenizou. Em junho o Coren-MS (Conselho Regional de Enfermagem de Mato Grosso do Sul) fez vistoria no Hospital da Vida, e encontrou falta de profissionais, pacientes misturados, deficiência na estrutura e falta de materiais essenciais para o atendimento do dia a dia.

Um dos grandes problemas encontrados foi o de detectar pacientes com diferentes problemas de saúde misturados no mesmo ambiente, podendo provocar contaminação cruzada, principalmente de coronavírus. Até o final do mês passado o hospital recebia pacientes com covid-19, contudo deixou de ser referência no assunto. Outro grande problema encontrado foi que os profissionais que lá trabalham atendem todos os pacientes, independente da patologia.

Muitas das ações adotadas na saúde pública em Dourados tem sido realizadas somente após decisão judicial, por meio de pedidos do Ministério Público Estadual (MPE). Ainda em junho foi preciso o juiz José Domingues Filho, da 6ª Vara Civil, determinar a prefeitura para que restabelecesse a falta de materiais básicos que estavam faltando. O juiz ainda estipulou medida para que o município elaborasse um cronograma de aquisição de remédios e de EPIs (Equipamento de Proteção Individual), para garantir o estoque.

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