15/02/2019 13h51 – Por: Cristina Nunes
Carlos Eduardo Kaveski dos Santos, de 21 anos, chegou a Dourados há pouco tempo e na cidade descobriu seu talento para produção de bolos e vocação para o empreendedor. Natural de Guarapuava (PR) trabalhava no setor de energia elétrica e relata que nunca se imaginou fazendo bolos. Em entrevista ao site Dourados Agora ele contou como tudo começou, as dificuldades enfrentadas e o que ainda pretende conquistar no ramo. Confirma:
Quando começou sua vontade de fazer bolos?
Eu nunca me imaginei fazendo bolos, antes de vir para Dourados eu trabalhava com energia elétrica, porém trabalhei em uma boleria aqui na cidade de Dourados e aprendi com minha madrinha a fazer os bolos. Observei nos pequenos e grandes mercados da cidade que os bolos nas prateleiras eram diferentes do meu, então entrei neste nicho de mercado levando um bolo caseiro, de boleria mesmo para dentro dos mercados.
Quais as principais dificuldades enfrentadas?
O começo é bem complicado, pois você começa sem muitos recursos sabe? Mas dei meu jeito fiz tudo manual comprei batedeiras e fornos e comecei a minha produção. Quando se vai oferecer seu produto e ele é novo os donos de mercado ficam meio com receio, mas garanti a qualidade a todos eles e que o produto tem um sabor diferenciado, então aí começou a minha jornada.
Conseguiu obter sucesso no ramo?
Olha vendo da onde eu comecei, para onde estou hoje posso dizer que estou muito orgulhoso tanto do ser humano que me tornei quanto profissional. O caminho o qual trilhei até agora nestes 3 meses foram de muita garra e suor, trabalhando de dia tarde e noite, pois acredito que esse é o único caminho para se vencer … acreditar em Deus e trabalhar!
Quais são suas expectativas para o futuro?
R: O futuro é de fazer meus olhos brilharem (risos), sou um cara cheio de sonhos, mas eles vão sair do papel, pois agora são um objetivo e ainda mais, são reais! Gostaria de agradecer a cidade de Dourados pelo carinho e pelo acolhimento dos meus bolos, recebo muitos elogios tanto dos donos dos mercados quanto dos clientes que frequentam os mesmos. Quero desempenhar um ótimo papel aqui mesmo dentro da cidade, fornecendo para 85% dos mercados da cidade … aí sim quero começar a partir para novos mares, como cidades vizinhas, já tenho tudo planejado!
Ainda enfrenta dificuldades?
R:Eu trabalho sozinho, sou eu quem faz os bolos, quem vende, e quem entrega. Creio que as dificuldades sempre vão existir e sempre vão aparecer novas. Mas isso que me motiva, a superação fazer com que eu me desafie sempre e sempre me reinvente.
É comum ouvirmos que “lugar de mulher é na cozinha”, você sofreu preconceitos quando decidiu trabalhar nesse ramo, que na maioria das vezes é ocupado por mulheres?
R:Infelizmente esse lema “lugar de mulher é na cozinha” ainda existe na nossa sociedade, porém as mulheres estão ganhando cada vez mais espaço e isso é ótimo, todos iguais!
Sinceramente quando eu falo para as pessoas que sou eu quem faço os bolos, todos me olham com uma cara de assustado, pois querendo ou não é algo novo né? Nunca sofri nenhum preconceito graças a Deus, tenho os melhores clientes sempre!
Além de fazer os bolos, você é empreendedor, conte um pouco desse processo na sua vida.
R: Comecei a trabalhar com 14 anos, motivado pelos meus pais … até hoje nunca conheci dois seres humanos igual a eles, sou fã daqueles dois! O tempo foi passando e eu não era um cara que conseguia ficar parado sabe? Gostava é de energia de fazer acontecer, e foi aí que despertou em mim esse lado empreendedor que aflora em mim até hoje. Hoje tenho a empresa Galego Bolos que está conquistando aos poucos o povo Douradense, logo logo quem sabe vamos conquistar o Mato Grosso do Sul. Queria agradecer a todos que me apoiaram até aqui, apesar das dificuldades eu nunca parei e nem vou parar de me superar, creio que limites é nos mesmo quem criamos.
